TIM registra lucro de R$ 277 milhões com alta no celular pós-pago

TIM divulga resultados financeiros para o 1° trimestre de 2021; operadora cresceu na banda larga e móvel pós-pago

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses

TIM teve alta no lucro e receita, mas diz que segunda onda de COVID-19 limitou crescimento (Imagem: Divulgação)

A TIM anunciou o balanço financeiro para o 1° trimestre de 2021, e a operadora registrou alta no lucro e aumento da receita líquida durante o período. No período, a operadora teve redução de clientes de telefonia móvel e aumento nos contratos de banda larga, além de um bom desempenho do pós-pago. A empresa também celebrou um acordo com a IHS Brasil para a venda de 51% da rede fixa de fibra óptica e cabos metálicos.

Veja abaixo os indicadores financeiros do 1° trimestre de 2021 e o comparativo com mesmo período do ano anterior:

Indicador 1° trimestre de 2021 1° trimestre de 2020 Diferença
Receita líquida R$ 4,34 bilhões R$ 4,21 bilhões +3%
Lucro líquido normalizado R$ 277 milhões R$ 175 milhões +57,9%
Custo normalizado de operação R$ 2,31 bilhões R$ 2,28 bilhões +1.7%
Capex (investimentos) R$ 1,32 bilhão R$ 904 milhões +46,5%

A TIM afirma que o crescimento foi limitado devido aos impactos da segunda onda da pandemia de COVID-19. Aqui vale destacar que o lucro líquido foi alto, mas o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu apenas 4,5% no comparativo com o ano anterior.

TIM perde clientes móveis, mas cresce no pós-pago

A TIM fechou o período com 51,7 milhões de linhas móveis, queda de 2,1% no comparativo com o mesmo período de 2020. O pré-pago é o principal responsável pelas desconexões.

De toda a receita líquida da companhia, o serviço móvel é o protagonista e responde por R$ 3,94 bilhões. Houve alta de 3,3%, impulsionada pelo crescimento do segmento pós-pago, que tem maior gasto mensal com serviços de celular.

No trimestre, a receita com clientes do pós-pago teve alta de 3,9%, enquanto o pré-pago encolheu 4,1%. A operadora comemora que a recorrência da oferta TIM Pré Top contribuiu para o aumento de recargas e crescimento do gasto médio.

A cobertura 4G da TIM

Em março, a TIM também alcançou a marca de 4 mil cidades cobertas com tecnologia 4G. A operadora planeja chegar a todos os municípios brasileiros até o final de 2023.

A TIM também aposta no uso da frequência de 700 MHz para crescimento da cobertura, e possui 3.468 municípios que contam com o serviço celular nesse espectro. A tecnologia VoLTE, que permite fazer chamadas de voz em 4G, atinge 4.086 localidades.

Para cobertura em locais remotos, a operadora investe em torres alimentadas por energia solar e conexão via satélite. Já são 122 sites off-grid implementados pela TIM.

Antena da TIM em General Salgado/SP alimentada por painéis solares, de forma off grid

Antena off grid da TIM leva cobertura celular para estrada (Imagem: Divulgação/TIM)

TIM cresce perde 5° lugar de banda larga para Brisanet

O segmento fixo teve receita de R$ 281 milhões, mas somente R$ 174 milhões se referem a banda larga TIM Live. A operadora registrou salto de 13,3% na base de clientes de internet fixa no comparativo com 2020.

A TIM Live fechou o mês de março com presença em 27 municípios e no Distrito Federal. De acordo com a Anatel, são 674,8 mil de acessos de banda larga, dos quais 51,5% estão conectados pela fibra óptica.

Ainda em março, a TIM Live foi ultrapassada pela Brisanet em clientes. A prestadora de pequeno porte passou a ser a quinta maior operadora de internet do Brasil, e atua com banda larga, TV por assinatura, telefonia fixa e móvel nos estados de Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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