Após Samsung, chinesa Vivo promete 3 anos de atualizações de Android

Atualizações de Android começam a deixar de ser um mistério para as grandes fabricantes, ao menos em aparelhos topo de linha

André Fogaça
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• Atualizado há 1 ano e 2 meses
Vivo X60 Pro (Imagem: Divulgação/Vivo)
Vivo X60 Pro (Imagem: Divulgação/Vivo)

A Vivo anunciou no último domingo (9) um compromisso para atualizar seus próprios smartphones por três anos seguidos, regra vigente a partir dos próximos lançamentos em seus modelos topo de linha. O movimento é semelhante ao tomado pela Samsung, mas menos abrangente quando comparado com sua concorrente também asiática.

O mundo Android sempre foi pouco confiável quando o assunto é atualização de software para o sistema operacional, mesmo sabendo que a maior importância está dentro dos patches de segurança lançados pelo Google ou as fabricantes. A Samsung começou a arrumar a casa quando passou a prometer três anos de updates para um número considerável de aparelhos, junto de quatro anos para correções envolvendo a proteção do dispositivo nas mãos do dono.

Agora a chinesa Vivo segue um caminho muito parecido, entregando a mesma quantidade em anos atualizando o celular para um Android novo, mas colocando três anos para updates nos patches de segurança enviados pelo Google.

“Figurando como topo de linha em hardware, os aparelhos da linha X são construídos para durar e queremos ter certeza de que nossos clientes obtenham suporte de software que corresponda às suas expectativas”, comentou Yujian Shi, vice-presidente sênior e diretor de tecnologia da Vivo.

“Sempre inovamos com o usuário em mente. Com essa proposta, estamos fazendo uma promessa aos nossos consumidores para que possam desfrutar de uma experiência premium em smartphone por um longo período e continuem a se beneficiar dos recursos de software mais recentes”, complementa o executivo.

Segundo a empresa, essa política de atualizações de software para o Android só tem validade para os mercados da Europa, Austrália e Índia. Outro fator que limita o alcance dos updates por mais tempo está no modelo de celular, já que apenas dispositivos da linha X e lançados após julho deste ano estão garantidos. Todo o restante da mesma gama de aparelhos mais caros e presentes no mercado neste momento, continua como estava antes.

Quais fabricantes prometem atualizações de Android

Até pouco tempo atrás, basicamente só o Google tinha algum calendário mais fixo sobre as atualizações de Android para seus aparelhos, desde os antigos Nexus e indo até os mais recentes com a linha Pixel. Mesmo assim, sendo quase a única empresa garantindo alguma regularidade em updates, a política do gigante das buscas envolve apenas dois anos para todos os modelos.

A Samsung entrou nesta ótima lista de empresas que demonstram preocupação com o consumidor no segundo semestre do ano passado, quando prometeu três anos de atualizações para um número considerável de aparelhos intermediários e topo de linha, para depois colocar quatro anos com updates para os patches de segurança lançados pelo Google ou pela própria marca coreana.

A HMD colocou dois anos de garantia para atualizações de Android nos Nokia, incluindo até mesmo os modelos mais econômicos da marca, enquanto os representantes da linha X recebem três anos de updates. A LG chegou a prometer algo parecido pouco antes de sair do mercado de smartphones.

A adição mais recente nesta bela lista é a também chinesa Oppo, mas em passo semelhante ao da Vivo. Ela comentou com a imprensa que o Find X3 passou de dois para três anos com novidades do Android chegando ao aparelho – existe até a possibilidade de adicionar um ano extra ao comprometimento.

O ano de 2021 está marcado como um ótimo momento para quem quer comprar um Android e manter o aparelho atualizado por mais tempo, seja na segurança dos patches ou mesmo em novos recursos do próprio sistema operacional. Finalmente.

Com informações: Vivo e The Verge.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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