Xiaomi deixa de ser “empresa militar comunista chinesa” para os EUA

Justiça dos EUA suspende restrições à Xiaomi após fabricante entrar para a lista de "empresas militares comunistas chinesas"

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Novo logo da Xiaomi (Imagem: divulgação/Xiaomi)
Novo logo da Xiaomi (Imagem: divulgação/Xiaomi)

A Xiaomi não é mais uma “empresa militar comunista chinesa” para os Estados Unidos. As autoridades americanas removeram a designação conferida à companhia no começo do ano, quando o país ainda estava sob a administração de Donald Trump. A mudança foi anunciada nesta quarta-feira (26) em um comunicado assinado pelo CEO Lei Jun.

O comunicado vem a público após a Xiaomi e o governo local chegarem a um acordo sobre o caso. Na carta, o executivo diz que o Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Columbia deu ordem final ao Departamento de Defesa para anular a designação de “empresa militar comunista chinesa”. A decisão aconteceu nesta terça-feira (25).

A medida dá fim as barreiras impostas pela qualificação conferida pelas autoridades do país em janeiro de 2021. De acordo com a companhia, “ao anular a designação, o tribunal suspendeu formalmente todas as restrições à capacidade de os americanos comprarem ou manterem títulos da empresa”.

A Xiaomi ainda agradeceu pelo apoio de acionistas, colaboradores, parceiros e usuários e destacou que é uma empresa aberta, transparente, de capital aberto, operada e administrada de forma independente. A fabricante também disse que vai continuar a oferecer produtos confiáveis e com “preços honestos para permitir que todos no mundo desfrutem de uma vida melhor através de tecnologias inovadoras”.

Xiaomi nega ser “empresa militar comunista chinesa”

O anúncio dessa semana é sequência a um caso iniciado em janeiro. Na época, o governo dos Estados Unidos incluiu a Xiaomi e outras companhias da China em uma lista de “empresas militares comunistas chinesas”. Imediatamente, a fabricante negou a designação do Departamento de Defesa do país e declarou-se como independente.

A companhia processou o governo dos Estados Unidos dias depois. Em comunicado, a fabricantes de celulares Mi, Redmi e Poco declarou que a decisão das autoridades americanas “foi factualmente incorreta e privou a empresa de devido processo legal”. Mais tarde, em março, a empresa conseguiu bloquear as sanções com liminar da Justiça.

A Xiaomi teve outra boa notícia em meados de maio. Segundo a Bloomberg no último dia 12, a companhia fechou um acordo com as autoridades dos Estados Unidos para escapar das sanções. Na ocasião, o Departamento de Defesa americano concordou que uma ordem final para retirar a empresa da lista “seria apropriada”.

Com informações: Xiaomi (Blog)

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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