Anatel aprova FiBrasil, empresa da Vivo para rede neutra de fibra óptica

Fundo canadense será sócio da Vivo para expandir fibra óptica para 5,5 milhões de casas em cidades médias fora de São Paulo

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Operadoras querem remuneração de big techs por uso da rede
Anatel aprova venda de controle da FiBrasil para fundo canadense (Imagem: jarmoluk/Pixabay)

O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta terça-feira (1) a venda de participação da FiBrasil, braço da Vivo responsável por algumas redes de fibra óptica. O controle da companhia será transferido para o fundo canadense CDPQ, e a empresa será responsável por expandir a cobertura FTTH para cidades médias.

O acordo comercial foi firmado em março de 2021, e o fundo canadense pagará R$ 1,8 bilhão pela participação de 50% da FiBrasil. A Vivo contribuirá com cobertura de fibra óptica já existente em 1,6 milhão de domicílios, e a empresa deve atingir 5,5 milhões de lares em quatro anos, em cidades médias fora do estado de São Paulo.

A rede da FiBrasil será neutra, ou seja, outras empresas poderão alugar a infraestrutura existente para vender serviços de internet e telecomunicações. A Vivo continua sendo a cliente âncora, e ela terá exclusividade temporária para captar assinantes em novos locais.

Com a aprovação da Anatel, a Vivo pode prosseguir com a construção da rede neutra. A venda da participação da FiBrasil já havia sido autorizada pelo Cade em abril de 2021.

Além da FiBrasil, a Vivo também utiliza a rede neutra da American Tower em alguns locais em Minas Gerais. A operadora também aposta no modelo de franquias, e pequenos provedores podem usar a marca Terra Fibra para vender internet de fibra óptica em cidades pequenas ou bairros periféricos de grandes municípios.

Oi e TIM apostam em compartilhamento de fibra óptica

A Vivo não é a única operadora a apostar no compartilhamento de infraestrutura de fibra óptica:

  • A Oi é o principal exemplo de redes neutras: a operadora criou a InfraCo, que será responsável por todos os mmais de 400 mil km de fibra óptica da tele. Um acordo foi firmado com o banco BTG Pactual e a Globenet, que atua com cabos submarinos.
  • A TIM também criou sua companhia de rede aberta e firmou um acordo com a IHS Brasil, que pagará R$ 2,6 bilhões por 51% do negócio de fibra. A nova empresa será responsável por toda a cobertura atual da TIM Live com tecnologia FTTH e xDSL, e deve expandir o serviço para 8,9 milhões de domicílios até 2024.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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