SpaceX faz parceria que pode levar a outdoors no espaço pagos em dogecoin

SpaceX e GEC vão criar novo modelo publicitário espacial possivelmente pago com dogecoin (DOGE) ao oferecer um outdoor acoplado ao satélite CubeSat

Bruno Ignacio
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• Atualizado há 3 meses
Elon Musk já sugeriu levar o dogecoin para a Lua ao publicar uma ilustração no final de fevereiro (Imagem: Reprodução/Twitter)
Elon Musk já sugeriu levar o dogecoin para a Lua ao publicar uma ilustração no final de fevereiro (Imagem: Reprodução/Twitter)

A SpaceX, empresa espacial de Elon Musk, anunciou no começo de maio que está se unindo à Geometric Energy Corporation (GEC) para lançar uma missão à Lua em 2022 totalmente paga com dogecoin (DOGE). Contudo, a parceria entre as duas companhias é mais ambiciosa, levando também uma espécie de outdoor acoplado ao satélite para criar uma nova modalidade de publicidade na órbita terrestre que poderá ser contratada também com a criptomoeda meme.

SpaceX e GEC vão criar “publicidade espacial”

As informações foram reveladas pelo cofundador e CEO da GEC, empresa de pesquisa canadense, em entrevista para o Business Insider, publicada neste último sábado (09). Samuel Reid disse que a companhia está desenvolvendo um satélite chamado CubeSat equipado com um bastão de selfie e uma tela pixelizada ao lado para mostrar anúncios, logotipos e outros tipos de publicidade.

O satélite será lançado por um foguete Falcon 9 da SpaceX no início do ano que vem, colocando-o em órbita logo antes de chegar à Lua. A partir do espaço, a câmera acoplada ao bastão de selfie irá registrar imagens da tela integrada ao casco e as transmitirá ao vivo no YouTube ou Twitch.

Uma vez operante e em órbita, qualquer um poderá comprar vários tipos de tokens para reivindicar um lugar no outdoor espacial. São cinco modalidades de tokens no total, dois equivalentes a coordenadas dos pixels, um para brilho, outro para cor e um último para quantidade de tempo de exibição. Assim, empresas podem programar uma imagem ou mensagem a ser exibida no casco do satélite.

Esses tokens podem ser comprados usando criptomoedas, conforme explicou Reid. Porém, ele não revelou ainda quais serão aceitas, mas afirmou que o dogecoin deverá ser uma delas. “Estou tentando alcançar algo que possa democratizar o acesso ao espaço e permitir uma participação descentralizada”, disse Reid ao Business Insider. “Felizmente, as pessoas não desperdiçam dinheiro em algo impróprio, insultuoso ou ofensivo.”

O executivo também não revelou nenhuma estimativa do quanto poderia custar uma campanha publicitária espacial, então o preço de cada token CubeSat ainda é uma incógnita. O satélite será lançado no início de 2022, sem uma data definida, levado pela SpaceX na missão batizada de DOGE-1, em homenagem à criptomoeda meme utilizada como pagamento pela empreitada.

Falcon 9 em lançamento de satélites Starlink (Imagem: divulgação/SpaceX)
Falcon 9 em lançamento de satélites Starlink (Imagem: divulgação/SpaceX)

“Arte espacial” também pode estar nos planos

Em meados de junho, a GEC emitiu um comunicado à imprensa dizendo que a DOGE-1 também incluirá testes de um novo modelo comercial de arte chamado de “Space Art”. Não está claro se a proposta evoluiu para o modelo totalmente publicitário revelado agora, ou se ainda está nos planos da empresa, mas seu princípio seria parecido: apresentar obras acoplando-as ao próprio satélite CubeSat na forma de placas metálicas criadas pelas Geometric Labs e Geometric Gamin Corporation.

O modelo comercial descrito na época envolvia também a criação de NFTs, ou tokens não fungíveis, para permitir o registro digital imutável dessas peças de arte em rede blockchain, criando também certificados de posse com autenticidade resguardada pela criptografia. Novamente, o dogecoin foi mencionado como a criptomoeda favorita para ser usado nos pagamentos. No documento, a empresa destacou que a iniciativa “abre a possibilidade de que a arte poderia ser programável, mutável ou até mesmo transmitida de volta à Terra”.

Com informações: Business Insider

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Bruno Ignacio

Bruno Ignacio

Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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