Xiaomi adquire empresa Deepmotion de software para carros autônomos

Xiaomi compra startup de direção assistida por US$ 77 milhões; negócio faz parte de plano de US$ 10 bilhões para desenvolver carro elétrico

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Loja da Xiaomi (Raysonho / Wikimedia Commons)
Loja da Xiaomi (Raysonho / Wikimedia Commons)

Já faz um tempo que ouvimos falar sobre os investimentos da Xiaomi para desenvolver um carro elétrico próprio. Agora, estamos vendo alguns passos mais concretos dessa iniciativa. A empresa comprou a Deepmotion, startup chinesa que desenvolve softwares de assistência de direção, por US$ 77,37 milhões (cerca de R$ 407 milhões de reais, em conversão direta).

Pode até parecer muito dinheiro em um primeiro momento, mas é pouco perto do plano de investir US$ 10 bilhões em carros elétricos nos próximos dez anos. A ideia é constituir uma subsidiária para operar o negócio, com direito a pesquisa, desenvolvimento e fabricação próprios. O CEO do novo braço será Lei Jun, que também comanda a Xiaomi.

O campo de carros elétricos e autônomos é recente, mas já está ficando bastante concorrido com a chegada de novos players que estavam acostumados ao mercado de tecnologia. Além da Xiaomi, o Baidu também tem seu veículo do tipo, e o Apple Car é um rumor de longa data. Por enquanto, não há data prevista para vermos nenhum um desses nas ruas.

Xiaomi teve crescimento recorde em smartphones

O investimento em carros elétricos é ousado, mas o crescimento recente da Xiaomi certamente ajuda a bancá-lo. A empresa aproveitou o declínio da sua conterrânea Huawei após as sanções dos EUA para abocanhar uma fatia maior do mercado de smartphones. 

E põe maior nisso: em listas trimestrais, ela é a segunda maior fabricante do mundo, e, nos rankings mensais, chegou a bater Apple e Samsung e ficar na liderança global pela primeira vez em julho.

Como você deve saber, a Xiaomi faz muita coisa além de smartphones: basta uma voltinha no site ou em uma Mi Store para você ver de tudo, de aspirador de pó a patinete elétrico. Em mercados como a Índia, ela oferece até mesmo serviços financeiros como empréstimos. Um carro elétrico seria uma adição e tanto a esse catálogo de produtos.

Com informações: Gizmochina, Mashable

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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