Pix: Itaú, Bradesco e BB cobram até R$ 150 de clientes PJ; veja tarifas

Pessoas jurídicas podem pagar caro por cada transação via Pix, especialmente no recebimento e em vendas via QR Code; EI e MEI são isentos de tarifas por determinação do BC

Bruno Ignacio
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• Atualizado há 7 meses
Pagamento via Pix (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Pagamento via Pix (Imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Enquanto o Pix é totalmente gratuito para pessoas físicas, pessoas jurídicas (PJ) podem pagar caro pelo serviço de transferências instantâneas. Alguns dos principais bancos presentes no mercado brasileiro podem isentar as contas empresariais tanto no recebimento quanto no envio como a Caixa, Inter, C6 e Nubank. Porém, o Itaú, Banco do Brasil e Bradesco podem cobrar até R$ 150 por operação.

O Pix é um método de pagamento cada vez mais comum no cotidiano por sua praticidade e agilidade no envio instantâneo de dinheiro entre contas bancárias, mesmo que sejam entre diferentes instituições, fora de horário comercial e durante finais de semana e feriados. Trata-se de um tecnologia introduzida pelo Banco Central em novembro de 2020 e que é gratuita de maneira geral, mas nem sempre para clientes empresariais.

Por resolução do Banco Central, empresários individuais (EI) e microempreendedores individuais (MEI) não podem ser tarifados pelo serviço de transferências instantâneas em nenhum banco. Porém, CNPJs fora dessas duas categorias estão sujeitos a taxas em diversas instituições.

No caso, as tarifas podem diferir para o recebimento e para o envio via Pix e podem ser taxas fixas ou percentuais sobre o valor total da transação. Contudo, vale lembrar que esses preços podem ser reduzidos ou até zerados dependendo dos planos contratados em cada banco.

Quanto custa o Pix para clientes PJ

O Tecnoblog reuniu as taxas do Pix dos maiores bancos brasileiros. Os preços foram consultados na tabela geral de tarifas divulgada pelas próprias instituições financeiras:

Banco / fintechTarifa de transferência ou pagamento via PixTarifa de recebimento via Pix
Banco do Brasilaté 0,99% do valor pago, com tarifa mínima de R$ 1 e máximo de R$ 10até 0,99% do valor da transação, com tarifa máxima de R$ 140
Banrisulzerozero
Bradescoaté 1,4% do valor pago, com tarifa mínima de R$ 1,65 e máxima de R$ 9até 1,4% do valor da transação em vendas via QR Code, com tarifa mínima de R$ 0,90 e máxima de R$ 145
BS2até 0,99% do valor pago, com tarifa mínima de R$ 0,50 e máxima de R$ 4até 0,99% do valor, com tarifa mínima de R$ 0,50 e máxima de R$ 50
C6 Bankzerozero (até abril de 2023)
Caixazerozero
Interzerozero
Itaúaté 1,45% do valor pago, com tarifa mínima de R$ 1,75 e máxima de R$ 9,60até 1,45% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 150
Mercado Pagozero0,99% em vendas online
0% em vendas via QR Code
Nubankzerozero
PagSegurozeroaté 1,89% do valor da transação em vendas online ou via QR Code
Safraaté 1,3% do valor pago, com tarifa mínima de R$ 1,50 e máxima de R$ 9,90até 1,3% do valor de transações via QR Code, com tarifa mínima de R$ 1,50 e máxima de R$ 150
Santanderaté 1% do valor pago, com tarifa mínima de R$ 0,50 e máxima de R$ 10até 1% do valor da transação, com tarifa mínima de R$ 0,50 e máxima de R$ 11

Conforme apurado, a tarifa mais salgada é do Itaú, que cobra no recebimento via Pix até 1,45% do valor da transação, com taxa mínima de R$ 1 e máxima de R$ 150. O Banco do Brasil, segue em segundo lugar, podendo cobrar até R$ 140. Outros bancos, como o Safra e Bradesco, taxam vendas via QR code, com cobranças de 1,3% e 1,4% e com o teto de R$ 150 e R$ 145, respectivamente.

Há também o caso do PagSeguro, que pode ser a mais alta taxa de recebimento via Pix do mercado brasileiro. O serviço cobra até 1,89% do valor da transação em vendas online ou via QR Code, sem cobrança máxima definida. Porém, recebimentos não comerciais não são tarifados.

Banrisul, Caixa, Inter e Nubank são os únicos que não cobram nenhuma taxa nem pelo envio e nem pelo recebimento via Pix nas contas jurídicas. O banco C6 também oferece gratuidade total do serviço, mas somente até 30/04/2023 para maquininhas ou comércios eletrônicos. Após essa data, o custo ainda será zero para até 100 transações por mês e R$ 0,15 por operação excedente.

Essas taxas sempre estão sujeitas a mudanças e vale a pena, como empresário e comerciante, sempre estar atento a possíveis mudanças. O Banrisul, por exemplo, afirma que o Pix é gratuito para todas as empresas, mas já avisou que “quando forem definidas tarifas e modalidades de cobrança, estas serão divulgadas com antecedência mínima de 30 dias para início da cobrança aos clientes.”

Colaborou: Felipe Ventura.

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Bruno Ignacio

Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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