Apple perde liderança e Galaxy S10 é o celular usado mais vendido em agosto

Após liderar o ranking de celulares usados mais vendidos no primeiro semestre de 2021, a Apple perdeu duas posições para a Samsung, que emplaca dois modelos da linha Galaxy S10 no Top 3. As informações são da plataforma de venda e compra de celulares seminovos Trocafone, divulgados em primeira mão ao Tecnoblog, e considera o período entre 01 e 31 de agosto.

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O levantamento da Trocafone mostra que a Apple aparece agora na terceira posição, com o iPhone 7 — modelo lançado em 2016, sem câmera dupla e com design datado, que inclui o botão Home e bordas generosas na “testa” e “queixo” do aparelho.

Já o campeão, Galaxy S10, foi lançado em 2019, e no mesmo ano bateu recorde de vendas para a Samsung. Com tela Dynamic AMOLED de bordas levemente curvas, “furo” para a câmera frontal e câmeras excelentes, o celular representou um grande avanço na época e não é surpresa que faça sucesso até hoje.

Apesar de já termos as linhas Galaxy S20 e Galaxy S21 lançadas posteriormente, o S10 (e o S10+, em segundo lugar no ranking) se mantém como ótima opção por menos de R$ 2 mil, oferecendo boa performance com o processador Exynos 9820, além de atualização para a versão mais recente do Android garantida.

Para quem não quer correr riscos com a bateria, o aconselhável é optar pela versão Plus — é claro, tratando-se de um usado, vale sempre conferir se não há vícios ou outro problema nesse quesito antes de comprar.

O Galaxy S10e também aparece no ranking, para quem quer economizar ainda mais com a compra de um smartphone seminovo. Na época do lançamento, o aparelho foi muito bem avaliado nos testes práticos do Tecnoblog, proporcionando a mesma potência do modelo convencional.

Outro modelo da fabricante sul-coreana que figura entre os mais vendidos é o Galaxy S8, com preço abaixo de R$ 1 mil. Entretanto, é importante ter em mente que trata-se de um modelo que não recebe mais atualizações, e está sujeito a brechas de segurança.

iPhone usado com “novo” design custa caro

Ao observar o Top 10 de celulares usados mais vendidos na Trocafone, é possível notar que não há nenhum iPhone com design “novo”. Isto é, o visual com notch e maior aproveitamento de tela implementado com o iPhone X, que está presente nos modelos mais recentes da marca, como o iPhone 13, lançado em setembro de 2021.

A verdade é que mesmo sendo lançamentos de outros anos, modelos com este visual ainda custam caro, ainda que usados — na faixa dos R$ 2,5 mil ou (bem) mais, aqui no Brasil.

Para fins de comparação, o modelo da Apple lançado no mesmo ano em que o Galaxy S10 é o iPhone 11, que usado custa cerca de R$ 2 mil a mais do que o telefone da Samsung. Veja os preços abaixo, coletado em 22 de setembro de 2021:

No levantamento referente ao mês de julho deste ano, também constatamos que os iPhones ainda mais antigos, como iPhone 8 e iPhone 7, ficaram mais caros em relação ao primeiro semestre, o que pode ter contribuído para a ascensão da Samsung na disputa.

Diante desse cenário, é compreensível a preferência de consumidores por celulares mais recentes da linha Galaxy S, que sofreram maior desvalorização no mercado e hoje representam um melhor custo-benefício para quem busca um smartphone seminovo, sem a intenção de revenda posterior.

Cabe ressaltar que ao comprar um celular usado na Trocafone, existem diversos níveis que informam as condições do aparelho. Os preços citados acima são referentes a modelos classificados como “Bom”. Ou seja, são smartphones que contém “diversos sinais de uso mais nítidos” e vêm sem acessórios. A plataforma oferece garantia de 90 dias.

Cuidados ao comprar um celular usado

Se você está considerando a compra de um smartphone seminovo, é importante considerar alguns quesitos, incluindo:

• Saúde da bateria (você pode checar como anda a bateria do iPhone por meio deste tutorial. No Android, tenta este outro procedimento);
• Suporte a atualizações do sistema (o celular vai receber a versão mais recente do Android/iOS? As atualizações de segurança estão garantidas?);
• Suporte técnico da marca (a empresa ainda está no Brasil?);
• Disponibilidade e preço de acessórios (fones de ouvido, carregador, capinha — estão inclusos? Se não, quanto custam? Vale a pena?);
• Marcas de uso no carcaça (alguns problemas vão além da estética e podem comprometer características como a resistência à água ou mesmo o funcionamento correto de determinados recursos, como a câmera);
• Condição dos alto-falantes e conexões (tente reproduzir som pelos alto-falantes, entrada P2 — se houver — e verifique se a porta para carregamento está funcionando normalmente);
• Funcionamento de sensores (como Face ID e leitor de digitais).

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