USB-IF revela novos selos para diminuir confusão com cabos USB-C

Revisão da tecnologia permite que padrão USB-C trabalhe com até 240 W, mas nem todos os cabos são compatíveis

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
UBS-C (Imagem: Marcus Urbenz/Unsplash)

Em maio, o USB Implementers Forum (USB-IF) anunciou uma atualização para permitir que o padrão USB-C suporte potência de até 240 W. Isso é ótimo! Mas existe um problema: não é todo cabo USB-C que trabalha com essa capacidade. Para reduzir o risco de confusão, a entidade anunciou um conjunto de selos de certificação que permite ao consumidor saber qual tipo de cabo está comprando.

O padrão USB-C surgiu para trazer uma série de conveniências: o conector é reversível (não tem um lado certo para ser encaixado), o tamanho reduzido permite a sua implementação em dispositivos compactos e tecnologias como Thunderbolt 4 e DisplayPort são compatíveis.

Além disso, o USB-C foi desenvolvido para suportar alimentação elétrica e envio de dados. Os problemas começam aqui: os cabos USB-C disponíveis no mercado seguem diferentes especificações para transmissão de dados ou energia.

Com a atualização que permite a um cabo USB-C trabalhar com até 240 W — contra o limite atual de 100 W —, a confusão sobre a escolha do cabo certo tende a aumentar. Para resolver o problema — ou ao menos tentar —, o USB-IF criou os seguintes selos:

Os novos logotipos de certificação do USB-C (imagem: divulgação/USB-IF)
Os novos logotipos de certificação do USB-C (imagem: divulgação/USB-IF)

Um deles indica que o cabo foi certificado para USB4 e, portanto, pode transmitir dados a até 40 Gb/s (gigabits por segundo); aqui, a potência padrão é de 60 W. Outro indica que o cabo foi certificado para trabalhar com até 240 W. Note que ambos são acompanhados de dois símbolos alternativos e simplificados para serem usados nos cabos ou portas.

Existe um terceiro selo, também com uma alternativa simplificada, que indica que o cabo USB-C foi certificado para suportar tanto dados a 40 Gb/s quanto carregamento de 240 W.

Por fim, o USB-IF apresentou um selo que indica que um carregador (e não o cabo em si) foi certificado para trabalhar com 240 W.

Note que apenas os produtos que passam pela certificação do USB-IF podem exibir esses logotipos.

USB-C 2.1 e o EPR

A revisão anunciada pelo USB-IF recebeu a identificação USB-C 2.1. Com ela, nada muda no conector. Em compensação, um cabo do tipo traz suporte ao Extended Power Range (EPR): não, não é uma nova temporada daquela série, mas a especificação que aumenta o suporte do cabo de 100 W (20 V e 5 A) para 240 W (48 V e 5 A).

O XPS 13 faz recarga via USB-C (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
O Dell XPS 13 faz recarga via USB-C (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Hoje, vários notebooks têm alimentação elétrica compatível com USB-C. Vide o exemplo do Dell XP 13 2021, que passou recentemente pelo Tecnoblog.

O uso do USB-C para esse fim só não é maior porque muitos equipamentos têm um padrão de consumo energético elevado — como os notebooks gamer — e, portanto, o limite de 100 W acaba não sendo adequado para eles. O USB-C 2.1 deve amenizar sensivelmente esse problema.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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