Xiaomi Redmi Buds 3 Pro ou Redmi AirDots 3: qual comprar?

Redmi Buds 3 Pro e Redmi AirDots 3 são os principais fones da Xiaomi em 2021. Confira as principais diferenças entre eles

Darlan Helder
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• Atualizado há 11 meses
Redmi Buds 3 Pro ou Redmi AirDots 3: qual comprar? (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Redmi Buds 3 Pro ou Redmi AirDots 3: qual comprar? (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

O Redmi Buds 3 Pro e o AirDots 3 são os principais fones da linha Redmi em 2021. Com design parecido e acabamento diferente, os dispositivos true wireless da Xiaomi chegaram ao mercado com preço baixo, som encorpado, Bluetooth 5.2 e bateria de longa duração. O Buds 3 Pro, versão global do AirDots 3 Pro, ainda não foi lançado no Brasil, mas pode ser encontrado em varejistas online por até R$ 500.

O AirDots 3, que já desembarcou através da representante oficial da Xiaomi no país, a DL Eletrônicos, é vendido por até R$ 300. Mas qual você deve comprar? Existem muitas diferenças entre eles? Neste comparativo, nós apresentamos as principais diferenças entre Buds 3 Pro e AirDots 3 para você tomar a melhor decisão de compra.

Comparativo Xiaomi Redmi Buds 3 Pro ou Redmi AirDots 3 em vídeo

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O Redmi Buds 3 Pro e o AirDots 3 foram adquiridos pelo Tecnoblog no varejo. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica.

Design e case

Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Xiaomi tende a ser conservadora no design da linha AirDots, por isso estes fones têm o mesmo visual e o que muda, significativamente, é o acabamento. Todo em plástico, o AirDots 3 tem um formato de cápsula e uma estrutura volumosa que ainda lembra as gerações passadas. O Buds 3 Pro também tem design em pílula, porém ele é menor em relação ao AirDots 3 e aposta num acabamento mais refinado, com brilho e plástico agradável ao toque, que ainda lembra borracha.

Nos testes do Tecnoblog, os dois fones se mostraram decentes em termos de conforto e, para quem pratica exercícios físicos, a Xiaomi adicionou aqui proteção contra à água e ao suor — classificação IPX4.

Xiaomi Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O estojo segue a linguagem dos fones. São cases com aspecto emborrachado e as principais diferenças estão no formato, tamanho e acabamento. O acessório do AirDots 3 é mais simples sem detalhes, enquanto o do Buds 3 Pro é requintado: ele tem plástico brilhante internamente, uma tampa mais resistente e acabamento fosco. Ambos estão equipados com conexão USB-C para alimentação.

Conectividade e recursos

Em conectividade e recursos, os true wireless chineses chegaram ao mercado com Bluetooth 5.2, tecnologia que garante conexão estável e eficiência energética. Na prática, eles conseguem entregar um pareamento rápido, não apresentam vulnerabilidade quando estão longes do celular e, ao menos nos meus testes, os fones não tiveram problema com atrasos, portanto a latência era baixíssima.

Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

As faixas em reprodução podem ser controladas pelos botões sensíveis ao toque. Você consegue pausar e dar play, avançar para a próxima música e acionar o assistente virtual por ali. Ainda assim, faltaram os comandos que permitem retroceder e controlar o volume diretamente pelos fones. Por exemplo, o rival Edifier TWS1 Pro entrega este último recurso.

Normal na categoria de entrada, o Redmi AirDots 3 não oferece um aplicativo dedicado para equalização e configuração dos fones. O Buds 3 Pro também não, mas a versão chinesa, batizada de AirDots 3 Pro, tem um app próprio. O que acontece, porém, é que ele está inteiramente em mandarim.

Qualidade de som e microfone

Xiaomi Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Chegamos no quesito mais importante. Quando analisamos o som, é possível notar que o Redmi AirDots 3 tem uma assinatura encorpada e o Buds 3 Pro é totalmente equilibrado. Para você entender melhor, é importante ter em mente que o primeiro fone ressalta os graves, logo as músicas tendem a ficar impactantes com batidas acentuadas. O Buds 3 Pro não é assim. Ele tem graves densos que não explodem no ouvido, ao mesmo tempo que os médios e agudos permanecem balanceados.

Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Se pegarmos Blinding Lights, do The Weeknd, o AirDots 3 reproduz essa música com vocal marcante, as batidas ganham vida e eu até notei ruídos em volta delas. Já o Buds 3 Pro tem um perfil aberto e não gera tanto conflito como o irmão. Há muito equilíbrio: as frequências baixas não são tão fortes, os médios são claros e os agudos, cristalinos.

E o microfone? A compressão do Bluetooth no AirDots 3 é bem nítida na comunicação, mas não há aquele aspecto metalizado de fones baratos. Agora, os componentes do Buds 3 Pro têm uma atuação melhor, a compressão não é tão forte e, nos meus testes, eles se saírem bem durante as reuniões online.

Cancelamento de ruído

Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em cancelamento de ruído nós temos aqui diferenças significativas, talvez a maior diferença entre eles. O Redmi AirDots 3, mais simples, tem apenas cancelamento passivo, ou seja, a estrutura do fone fica responsável pelo isolamento e não há uma tecnologia embarcada capaz de blindar do som externo. Por outro lado, o Buds 3 Pro, sim, tem cancelamento ativo de ruído: os microfones e um algoritmo trabalham para abafar o som de fora.

O AirDots 3, mesmo sem nenhuma tecnologia, consegue criar um isolamento suficiente para “remover” aqueles sons do cotidiano (carro, moto e o latido do cachorro, por exemplo). Já o 3 Pro tem um noise cancelling muito bom e, como eu comentei no review dele, é um recurso eficiente que alguns topos de linha não entregam.

Bateria

Xiaomi Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

No quesito bateria e autonomia nós temos números bem interessantes. A Xiaomi diz que o Redmi AirDots 3 tem bateria para até 7 horas de som ou 30 horas com o case. O Buds 3 Pro tem 6 horas de reprodução sem o cancelamento ativo de ruído ou 28 horas com o estojo. Curiosamente, a empresa não informa a autonomia com o noise cancelling ligado.

Vamos à prática: nos meus testes, o AirDots 3 conseguiu tocar por 8h45min, resultado mais que excelente e acima do combinado. O Buds 3 Pro, com o cancelamento ligado, tocou por 5h53min, portanto um tempo considerado ok, na minha opinião.

Redmi Buds 3 Pro ou Redmi AirDots 3: qual comprar?

Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) e Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Redmi Buds 3 Pro (AirDots 3 Pro) e Redmi AirDots 3 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em tese, fica claro que o Redmi Buds 3 Pro é o melhor fone Bluetooth neste comparativo pelo simples fato de ele entregar mais recursos. Mas não vamos focar nisso. Em geral, Buds 3 Pro e AirDots 3 são produtos diferentes para públicos diferentes. Eu vejo que o AirDots é um dispositivo para quem está chegando agora, ou seja, é aquele produto porta de entrada para quem nunca teve um TWS. Ele também é mais barato no mercado e pode ser uma boa opção caso você esteja com o dinheiro contado.

O Redmi Buds 3 Pro, por outro lado, é para um público mais exigente, que busca qualidade sonora, design premium e cancelamento ativo de ruído. Ele é um TWS para quem já passou pelos AirDots e visa adquirir algo além a partir de agora. Mas isso, claro, não é regra. Agora é só analisar aquele que melhor irá te atender.

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Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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