Brasil propõe à ONU criação de regras para a Internet

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

O que falta para o Brasil ficar parecendo ainda mais antiquado e retrógrado aos olhos dos demais países no mundo? Que tal encabeçar um comitê que propõe a regulamentação da internet? É exatamente isso que os nossos representantes na Organizaçao das Nações Unidas planejam fazer. Em uma reunião que aconteceu na última quarta-feira (14) na cidade de Nova Iorque, o Brasil liderou um grupo de países à favor da criação de regras para gerir a Internet.


A sugestão de estabelecer certos padrões para a rede surgiu depois que o WikiLeaks começou a ganhar força e atenção na rede ao vazar informações confidenciais. A ideia seria criar uma entidade internacional formada por membros de diversos governos e que ‘policiaria’ a rede mundial de computadores. Apesar da ênfase dada pelos representantos brasileiros de que eles não pretendem que a entidade “assuma” a internet, a proposta tornaria ainda mais difícil que sites como o criado por Julian Assange consigam a atenção que merecem, já que eles seriam vetados pelos governos que possam sair prejudicados.

Soa assustador o bastante? Não para os representantes da Índia, África do Sul, China e Arábia Saudita, que concordaram com a proposta brasileira. Já os representantes da Austrália, dos EUA, do Reino Unido e do Canadá não ficaram muito satisfeitos com a criação de outra entidade por causa do potencial que ela tem para se isolar da indústria, da comunidade e dos usuários da internet.

Felizmente as discussões ainda estão no começo e as ideias podem ser modificadas de acordo com as reações do público.

Com informações: CrunchGear, ITNews. Imagem sob licença CC retirada da Wikipedia.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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