Bradesco lança seguro Pix para indenizar por transações indevidas

"Seguro Proteção Digital" do Bradesco vai cobrir transações indevidas via Pix, TED e DOC realizadas sob coação ou em caso de roubo, furto ou perda de celular

Bruno Ignacio
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• Atualizado há 5 meses
Fachada do banco Bradesco em São Paulo (Imagem: Felipe Ventura / Tecnoblog)

O Bradesco lançou nesta segunda-feira (25) seu novo “Seguro Proteção Digital”, voltado para a cobertura de transações indevidas feitas por terceiros, no aplicativo do banco após a perda, furto e roubo do aparelho celular do segurado ou sob coação. A instituição promete indenizações em caso de transferências via Pix, TED e DOC. O serviço oferece três opções de planos a partir de R$ 8,99 mensais e com limites começando em R$ 20 mil.

Conforme explica a página do novo seguro no site do Bradesco, a contratação poderá ser feita através do app do banco e estará disponível para todos os correntistas. Não há uma carência para o serviço, mas a proteção só é a partir das 24 horas após o primeiro pagamento.

O documento de condições gerais do Seguro Proteção Digital revela que são aplicados limites de indenização por ocorrência e um teto anual equivalente a duas vezes o limite estipulado no contrato.

Correntistas que contratarem o seguro poderão acionar a proteção em caso de transações indevidas feitas por terceiros após perda, furto ou roubo do celular, além de coação do cliente. O serviço cobre transferências via Pix, TED e DOC, pagamentos de boletos não autorizados e recargas de celular. O Bradesco destaca que o aparelho do segurado não entra na cobertura.

O Bradesco oferece três opções de planos: Classic, Exclusive e Prime. Os custos mensais são de R$ 8,99, R$ 11,99 e R$ 15,99, respectivamente. Os limites de indenizações variam de acordo com o plano e com o tipo de ocorrência coberta.

Para transações (TED, DOC e Pix), os limites aplicados são:

  • Classic: R$ 20 mil
  • Exclusive: R$ 35 mil
  • Prime: R$ 50 mil

Já para pagamentos de boletos e recargas de celulares esses valores são:

  • Classic: R$ 3.500
  • Exclusive: R$ 3.500
  • Prime: R$ 10 mil

Santander e Mercado Pago também lançam seguro Pix

Dado o aumento de crimes envolvendo o Pix no Brasil, seguros para transações indevidas começaram a ser lançados por instituições financeiras. A empresa de cibersegurança Kaspersky revelou em agosto que bloqueou mais de 22 milhões de tentativas de phishing desde a estreia do Pix. Além disso, 81% das denúncias de golpe usavam nomes de instituições financeiras.

Página do Pix dentro do app do Santander (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)
Página do Pix dentro do app do Santander (Imagem: André Fogaça/Tecnoblog)

O Santander anunciou na semana passada o lançamento de seu “Seguro Transações”, que cobre transações indevidas feitas através do Pix, DOC, TED e TEF sob coação, mas não em caso de perda, roubo ou furto do aparelho celular. Os planos são de R$ 9,99, R$ 18,99 ou R$ 24,99. Cada uma dessas opções garante limites anuais de indenização diferentes, de R$ 3,5 mil, R$ 8 mil e R$ 20 mil, respectivamente.

O Mercado Pago foi o primeiro a anunciar um serviço do tipo neste mês. A instituição financeira revelou que vai oferecer dois planos de seguro que incluem somente transações feitas via Pix e sob coação e ameaça física. O primeiro custa R$ 3,50 mensais e protege o cliente de perdas de até R$ 5 mil por mês. O Segundo custa R$ 5 mensais, mas indeniza até R$ 10 mil. Esses limites são mensais, e não anuais como o do Santander, mas o serviço do Mercado Pago cobre somente transações via Pix realizadas sob coação e ameaça física.

Vale destacar que nenhum dos três seguros para transações indevidas protegem o cliente dos famosos golpes do Pix, geralmente realizados através de mensagens e ligações. Esses serviços incluem em sua cobertura situações em que há coação, então se o segurado for enganado em uma dessas fraudes e golpes a proteção não será acionada.

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Bruno Ignacio

Bruno Ignacio

Ex-autor

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Cobre tecnologia desde 2018 e se especializou na cobertura de criptomoedas e blockchain, após fazer um curso no MIT sobre o assunto. Passou pelo jornal japonês The Asahi Shimbun, onde cobriu política, economia e grandes eventos na América Latina. No Tecnoblog, foi autor entre 2021 e 2022. Já escreveu para o Portal do Bitcoin e nas horas vagas está maratonando Star Wars ou jogando Genshin Impact.

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