Microsoft registra alta em receitas puxada por serviços na nuvem

Azure e Microsoft 365 ajudam empresa a registrar aumento de 22% nas receitas e 25% no lucro por ação, batendo expectativas do mercado

Giovanni Santa Rosa
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
PCs rodando Windows 11 (Imagem: Divulgação / Microsoft)

A Microsoft divulgou nesta terça-feira (26) o balanço financeiro do primeiro trimestre fiscal de 2022, terminado em 30 de setembro. A empresa registrou uma receita de US$ 45,3 bilhões, um aumento de 22% em relação ao ano fiscal de 2021. O resultado por ação ficou em US$ 2,27, 25% maior que no mesmo período do ano anterior.

Os números superaram as expectativas dos analistas, que previam US$ 2,07 de lucro por ação e US$ 43,9 bilhões de receita. Os papeis da empresa na bolsa americana subiram 1% nas negociações pós-fechamento do mercado. O destaque ficou por conta do setor de softwares na nuvem da companhia, cuja receita subiu 36% em relação ao ano passado.

Sucesso da Microsoft está na nuvem

A maior contribuição para a receita bilionária da Microsoft está no setor chamado Intelligent Cloud, que engloba o Azure e outras soluções para servidores. Nele, a receita chegou a US$ 17 bilhões — a estimativa do mercado era de US$ 16,6 bilhões. As vendas de serviços de cloud cresceram 50% no trimestre em comparação com o ano passado.

Em segundo lugar, fica o setor de produtividade. Ele engloba o Office, que também é baseado na nuvem por meio do Microsoft 365. A receita foi de US$ 15 bilhões, batendo a expectativa de US$ 14,7 bilhões. Assim como na nuvem, houve um crescimento das vendas para clientes corporativos, de 23%.

Windows cresce apesar de crise de chips

A terceira divisão que a Microsoft faz em seus balanços financeiros é a de computação pessoal, que engloba Windows, Xbox e outros serviços e produtos. As receitas de vendas do sistema operacional para fabricantes cresceram 10%, apesar da disponibilidade limitada de equipamentos devido à crise global de chips.

Xbox Series S e controle (Imagem: Felipe Vinha/Tecnoblog)
Xbox Series S e controle (Imagem: Felipe Vinha/Tecnoblog)

A falta de semicondutores também atrapalhou as vendas de Xbox Series X e Series S. Esse segmento teve um aumento de apenas 2% nas receitas. Mesmo assim, a Microsoft espera que o próximo trimestre, que inclui os feriados de fim de ano, puxe as vendas de videogames e jogos, com ajuda dos lançamentos previstos de títulos AAA.

Os números de receitas de busca e notícias e de LinkedIn também tiveram crescimentos expressivos, de 40% e 42% nas receitas, respectivamente. O destaque negativo fica por conta da linha Surface, que teve uma queda de 17% no faturamento.

Com informações: Microsoft, Yahoo!, Bloomberg.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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