Piano de papel usa tinta condutiva, celular e NFC para produzir som

Tecnologia criada pela Prelonic pode abrir caminho para teclados e controles altamente específicos, baratos e descartáveis

Giovanni Santa Rosa
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Piano de papel da Prelonic

E se você pudesse imprimir um piano? Não estamos falando de impressão 3D. Imprimir as teclas brancas e pretas em uma folha de papel, mesmo, e conseguir tocá-las com a ajuda de um smartphone. Essa é a ideia de uma empresa chamada Prelonic.

A Prelonic foi fundada em 2007 e criou uma tecnologia chamada Prelonic Interactive Paper (PIP, ou “papel interativo da Prelonic”, em tradução livre). A invenção permite fabricar uma interface em uma impressora a laser, dessas que nós temos em casa.

O segredo está em um circuito feito de tinta condutiva de carbono, que vai no verso da folha impressa e em um segundo papel, formando um sanduíche com um chip NFC no meio.

O funcionamento do piano de papel é simples. Coloque um smartphone com um app específico sobre o chip. Ao tocar nas teclas impressas, o sinal é enviado para o aparelho e lido pelo aplicativo para emitir o som.

Em seu site, a Prelonic tem um vídeo de demonstração bem bacana.

O papel é o limite

Na verdade, o piano é só um exemplo do potencial do PIP. Imagine que esta tecnologia pode permitir criar controles personalizados de vários tipos. Um teclado Qwerty básico para ajudar na digitação de textos longos no smartphone seria possível, prático e barato. Por outro lado, interfaces específicas para aplicativos, com botões para ações e comandos predefinidos, seriam bem mais acessíveis.

A opção pelo NFC, aliás, facilita a portabilidade: a tecnologia é muito mais econômica do que o Bluetooth, dispensando tomadas e baterias — a energia é gerada pela antena do smartphone.

Além de facilitar a personalização, há outra vantagem: você não precisaria ficar com um monte de hardware encostado na sua casa. Algumas tintas condutivas recicláveis já estão em desenvolvimento. Então, você poderia imprimir o teclado que quiser em uma folha de papel, usar por algum tempo e jogar no lixo reciclável. Simples e ecologicamente correto.

Com informações: NewAtlas, Gizmodo

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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