O que é disquete? [5 curiosidades sobre a mídia de armazenamento]

Saiba o que é disquete; conheça também algumas curiosidades sobre essa mídia de armazenamento que fez sucesso nos anos 90

Wagner Pedro
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• Atualizado há 1 ano e 1 mês
Disquetes (Imagem: S Migaj/Unsplash)
Disquetes (Imagem: S Migaj/Unsplash)

Talvez você já ouviu falar em disquete ou até tenha utilizado um. Esse tipo de armazenamento ficou bastante popular no início dos anos 90, tendo sido substituído posteriormente por dispositivos melhores, como pendrives e cartões de memória. Abaixo, vou te explicar o que é disquete, mostrar um pouco da sua história e elencar 5 curiosidades interessantes sobre ele.

De maneira resumida, o disquete pode ser considerado o “pai” de todos os tipos de armazenamento removível. Também conhecido como floppy disk, ele era composto de um disco magnético protegido por uma capa plástica em formato retangular. Os consumidores podiam encontrá-lo em diversas cores, mas o preto era predominante.

O disquete começou a ser utilizado comercialmente em 1971. Esse dispositivo foi criado por uma equipe de pesquisadores da IBM, tendo como líder Alan Shugart. O intuito da empresa era desenvolver um aparelho que armazenasse dados de forma removível para que fosse possível transferi-los para outros computadores, já que, naquela época, não existia uma forma simples de “trocar” arquivos entre as máquinas.

O disquete chegou a ter três versões, mas a mais comum era a de 3,5 polegadas (3 ½), que conseguia armazenar 1,44 MB. Hoje, uma foto capturada pelo celular ultrapassa facilmente essa quantidade, mas nos anos 80, 90 e início dos 2000, esse tamanho era suficiente para armazenar diversos arquivos de um computador.

Dito isso, veja abaixo algumas curiosidades sobre essa mídia de armazenamento.

5. Era preciso vários disquetes para instalar programas

Disquetes da QuarkXpress (Imagem: Brett Jordan/Unsplash)
Disquetes da QuarkXpress (Imagem: Brett Jordan/Unsplash)

Os arquivos do dia a dia cabiam tranquilamente no disquete, mas para instalar um simples programa você precisava de vários deles. Esse processo nem sempre dava certo, porque se alguma das mídias estivesse corrompida, a pessoa precisava identificá-la, substituí-la e começar novamente toda a instalação.

Nos anos 90, esse método necessitava de três a cinco disquetes. Mas com o aumento do tamanho dos programas, o processo se tornou inviável e foi aí que outras soluções começaram a ser desenvolvidas.

4. Câmeras digitais usavam disquetes

Sony Mavica FD73 suportava disquetes de 3,5 polegadas (Imagem: Terri Monahan/Wikimedia Commons)
Sony Mavica FD73 suportava disquetes de 3,5 polegadas (Imagem: Terri Monahan/Wikimedia Commons)

Sim, câmeras digitais dos anos 90 usavam disquetes como forma de armazenamento. A primeira com essa novidade foi a Sony Mavica FD5, lançada em 1997. O último modelo da fabricante com esse tipo de entrada foi a Sony FD Mavica FD200, apresentada em 2002.

Outras empresas também oficializaram câmeras com suporte ao disquete. Em 1999, a Panasonic trouxe ao mercado a SD4090, que funcionava com SuperDisk de 120 MB ou com discos de 1,44 MB.

3. Trava física para impedir gravação

Disquetes tinham trava física de segurança (Imagem: Onur Buz/Unsplash)
Disquetes tinham trava física de segurança (Imagem: Onur Buz/Unsplash)

Se você chegou a usar disquetes, é bastante provável que, ao tentar salvar um arquivo, o sistema apresentasse uma mensagem de erro. Isso acontecia porque esse dispositivo tinha uma trava contra gravação, localizada na parte inferior.

O “problema” podia ser corrigido de forma simples: bastava ejetar o disquete, deslizar a trava e inseri-lo novamente no computador. Esse item de segurança protegia a mídia de vírus, garantindo que ela ficasse livre de qualquer malware mesmo se fosse inserida em um PC contaminado.

2. Kit de limpeza

Kit de limpeza para disquetes (Imagem: Pratyeka/Wikimedia Commons)
Kit de limpeza para disquetes (Imagem: Pratyeka/Wikimedia Commons)

Um dos problemas do disquete é que, com o passar do tempo, eles começavam a soltar fragmentos do disco magnético no drive do computador. Isso fazia com que o leitor não conseguisse ler ou gravar dados em outros discos.

Buscando solucionar esse problema, a indústria criou kits de limpeza, que continham um disquete e um líquido não corrosivo. Para usá-lo, bastava pingar algumas gotas nos cantos do disquete, inseri-lo no drive e o deixar “rodando” por cerca de 30 segundos.

1. Pioneiro na transmissão de vírus de computador

Elk Cloner, primeiro vírus transmitido por disquete (Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)
Elk Cloner, primeiro vírus transmitido por disquete (Imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

O primeiro vírus de computador começou a ser transmitido por disquete. Conhecido como “Elk Cloner”, esse malware foi desenvolvido em 1982 por Rich Skrenta. O jovem de apenas 15 anos deixou o código malicioso em um Apple II do colégio onde estudava.

Com isso, qualquer pessoa que inserisse um disquete sem fazer uma reinicialização limpa era infectado e, se ele fosse aberto, o computador exibia a seguinte mensagem:

Elk Cloner: O programa com personalidade
Ele vai ficar em todos os seus discos
Ele vai se infiltrar em seus chips
Sim, é o Cloner!
Ele vai grudar em você como cola
Ele vai modificar a RAM também
Envie o Cloner!

Pronto, agora você já sabe o que é um disquete e conhece 5 curiosidades sobre ele.

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Wagner Pedro

Wagner Pedro

Ex-autor

Wagner Pedro é um paraibano “arretado” apaixonado por smartphones e cobre tecnologia desde 2017. Autodidata desde a época dos PCs de tubo, internet discada e Windows XP, buscou conhecimento em pequenos cursos de Informática e uniu essa paixão ao jornalismo. Ainda sente falta do extinto Windows Phone. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022.

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