Nenhum navegador atual é 100% à prova de falhas. As suas criadoras, no entanto, empregam diferentes técnicas para garantir que eles sejam o mais seguro o possível para seus usuários. Essa foi a tática usada pelo Google ao criar o Chrome com uma sandbox, dentre outras características. Por causa dela todo o código executado pelo navegador fica restrito a processos que não podem acessar a memória ou outros componentes do computador diretamente. Ou ao menos não poderiam.

A Vulpen Security, empresa de segurança americana francesa, divulgou hoje a descoberta da primeira grande vulnerabilidade do Chrome, que permite exatamente isso. Eles conseguiram algo que ninguém, em três anos do concurso Pwn2Own, conseguiu: ultrapassar sua principal medida de segurança, a sandbox do Chrome. Veja abaixo o vídeo da demonstração da falha sendo explorada.


(Vídeo no YouTube)

Segundo eles, a falha funciona na versão 11.0.696.65 do navegador, que é a versão estável e mais recente até a publicação desse post. O código criado por eles executa diversas ações diferentes com o objetivo final de fazer com que o navegador baixe e execute um arquivo qualquer fora da sandbox. Nesse caso eles escolheram uma calculadora, mas poderia facilmente ser um vírus, malware ou qualquer sorte de arquivos maliciosos.

A empresa diz que não vai disponibilizar publicamente o código da vulnerabilidade. Então se você queria saber com detalhes o que eles fizeram, vai ter que esperar o Google corrigir o problema ou alguma outra pessoa descobrir e divulgar.

Dica do leitor Fernando Takai pelo Twitter. Valeu, Takai!

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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