10 coisas para saber antes de comprar teclado e mouse gamer

Montar um PC para jogos requer também atenção ao kit de teclado e mouse gamer; veja dicas antes de comprar

Vivi Werneck
Por
• Atualizado há 1 ano e 1 mês
mouse e teclado gamer / Divulgação

Quem joga no PC sabe a importância de contar com acessórios de qualidade, e não só uma CPU turbinada. O jogador precisa também dar uma atenção especial ao kit de teclado e mouse gamer que for escolher. Usar mouses de maior precisão e teclados com tempo de resposta menor, podem fazer toda a diferença entre levar ou conseguir acertar um belo headshot.

Dito isso, descubra o que você precisa saber antes de comprar algum desses periféricos.

Como escolher um mouse gamer

Primeiramente, é bom deixar claro que você não precisa necessariamente ter um mouse gamer para conseguir se divertir com seus jogos. Mouses “normais” podem cumprir o papel até com certa dignidade. No entanto, caso queira a melhor experiência possível, dá uma olhada a seguir em alguns tipos de mouses específicos para jogos.

1. Mouse para shooter (rápido e básico)

Jogos de tiro, em 1ª ou 3ª pessoa, trabalham com velocidade e precisão. Jogar uma partida de Counter Strike ou Overwatch, por exemplo, com um mouse lento é morte na certa. Periféricos desse tipo são mais comuns de achar e bem adaptáveis para outros jogos também.

Geralmente, eles contam com mais dois botões extras e customizáveis em uma das laterais. Esses mouses têm uma maior amplitude para escolha de DPI – o que garante mais velocidade e precisão ao ponteiro.

2. Mouse para MMO ou MOBA (muitos botões)

Jogos online, como World of Warcraft ou League of Legends, pedem que o jogador realize várias ações ao mesmo tempo. O timing perfeito (ou não) pode definir a vitória ou derrota numa partida. Por isso, esse tipo de mouse conta com vários botões extras, que podem ser configurados como atalhos de ações.

Cada um deles pode reunir, por exemplo, uma combinação de dois ou três toques no teclado, ou mesmo servir de atalho para alguma magia especial ou poção.

razer-naga-trinity-mouse / Divulgação

3. Mouse ambidestro (canhoto também é gamer)

Quem usa a mão esquerda sabe o quanto é complicado encontrar um mouse, comum que seja, para canhotos. As opções não são muitas, mas a boa notícia é que a procura por modelos ambidestros é um pouco mais fácil.

A maior parte deles usa um design parecido com os mouses para shooters e traz botões extras em ambos os lados. Assim, é possível desabilitar o que for atrapalhar.

4. Mouse mobile (pequeno e confortável)

Talvez não tão confortável para quem tem mãos grandes, mas seu tamanho menor que o padrão facilita bastante para levar na mochila e jogar em um notebook gamer.

Geralmente, esses modelos são bluetooth e, graças ao tamanho reduzido, aumentam a agilidade do toque com as pontas dos dedos – já que não há tanto espaço para deitar a palma da mão.

5. Mouses híbridos (o canivete suíço)

Esse tipo de periférico promete oferecer um pouco de cada tipo citado anteriormente. O modelo traz mais botões extras que o mouse para jogos de tiro, mas não tantos quanto os voltados para MMO ou MOBA.

Essa versatilidade também ajuda para outras tarefas não gamers, como trabalhar com desenho gráfico, por exemplo. Em resumo: é um mouse para todas as ocasiões.

Como escolher um teclado gamer

Assim como foi dito sobre o mouse, investir em um teclado gamer é indicado para aqueles que preferem ter a melhor experiência possível deste periférico, tanto em tempo de resposta das teclas, quanto conforto e durabilidade. Vamos alguns pontos a serem avaliados nesse quesito.

1. Teclado mecânico vs teclado de membrana

Essa, talvez, seja uma das dúvidas mais comuns ao pesquisar por um teclado gamer. Em linhas gerais, modelos de membrana são visualmente mais planos, bem mais silenciosos, encontrados com mais facilidade no mercado e por preços menores. Em contrapartida, teclados mecânicos são mais robustos, as teclas fazem mais barulho, são mais precisos e de durabilidade superior. Por isso, este segundo modelo é bem mais caro.

Os teclados de membrana funcionam por meio de indução de corrente elétrica através das “almofadinhas” de plástico de cada tecla. Os mecânicos funcionam por meio de switches embaixo de cada tecla, parecidos (mas não iguais) com os que existiam nas antigas máquinas de escrever. De acordo com o tipo de switch, o teclado pode fazer mais ou menos barulho e ter uma resposta mais ou menos demorada ao toque.

Se gastar um pouco mais não for um problema, a indicação é investir em um teclado mecânico. Eles são bem mais duráveis e confortáveis de usar. Podem fazer um barulho extra, mas escolhendo o switch certo, isso não será tanto um problema.

Dica: teclados mecânicos com switches do tipo Cherry MX Blue são considerados os mais barulhentos do mercado, para caso queira evitar acordar as pessoas enquanto joga à noite.

switches mecânicos / Reprodução

2. Key Rollover ou Anti-Ghosting

Basicamente, o Key Rollover mede quantas vezes várias teclas do teclado conseguem ser registradas na tela, ao serem pressionadas ao mesmo tempo. Teclados comuns oferecem entre 1 ou 2 Key Rollover (1/2KRO). Acima disso, as teclas apertadas a mais não aparecerão no display ou o teclado registrará teclas que não foram tocadas. Esse efeito é conhecido como Ghosting, algo como “teclas fantasmas” – adaptando para o português de forma livre.

Teclados de maior qualidade costumam vir com um sistema integrado de Anti-Ghosting, com um mínimo de 6 Key Rollover (6KRO). Para games, um teclado com um número maior de KRO melhora o desempenho do periférico em jogos que necessitam que várias ações sejam executadas de forma rápida e ao mesmo tempo, como em um MOBA ou MMO, por exemplo.

Caso tenha interesse num teclado com nível competitivo alto, vale dar uma olhada nos modelos N-Key Rollover (NKRO). Estes prometem registrar qualquer toque.

key rollover / Reprodução

3. Funções macro e softwares para customização

Uma das vantagens de um teclado gamer é a taxa maior de customização em relação ao modelos comuns. Usando os softwares incluídos no próprio produto é possível reprogramar, praticamente, cada tecla e, ainda, salvar suas configurações preferidas.

Da mesma forma que em mouses com vários botões reprogramáveis, é possível customizar uma tecla apenas para, ao ser pressionada, executar a tarefa que caberia a três toques, por exemplo.

Estas seriam as funções macro que alguns modelos agregam (em conjunto com algum software). Inclusive, há modelos com teclas “vazias” voltadas, exclusivamente, para alguma programação macro, como defini-la para abrir a Steam ou algum programa de chat.

4. Deixa brilhar: retroiluminação

Retroiluminação, ou simplesmente as luzes que saem abaixo das teclas ou as iluminam, estão presentes em praticamente todos os teclados para games. Essas luzes podem variar de uma cor única a todo um espectro RGB (16.8 milhões de cores).

Periféricos com uma só cor permitem, no máximo, ajustar a intensidade do brilho, enquanto os modelos Full RGB permitem fazer, praticamente, um carnaval de cores, intensidade de brilho e mesmo personalizar os efeitos da luz no teclado (pulsação, onda, brilhar somente ao tocar, brilhar por som e etc.).

Quem precisa de lâmpadas quando se tem teclados

5. Comprar ou não comprar, eis a questão

Como foi dito algumas vezes antes, usar um teclado e mouse comuns não irá tirar a sua diversão no jogo. No entanto, toda a sua experiência como PC gamer pode ser, consideravelmente, melhorada usando um kit de teclado e mouse gamer.

Investir em modelos de qualidade, de ambos os periféricos, não vai sair muito barato, mas o custo-benefício a longo prazo vale muito a pena.

Sabendo escolher e cuidando do bem estar físico do produto (alguns gamers podem ser meio violentos com seus teclados e mouses ao perder uma partida), isto é algo que você não terá que se preocupar em trocar por um bom tempo.

Com informações: How to Geek, Steelseries Blog e Tom’s Guide

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Vivi Werneck

Vivi Werneck

Ex-editora assistente

Vivi Werneck é especialista em games e trabalha no mundo tech há 15 anos. Em 2018, recebeu o Prêmio Comunique-se como melhor jornalista de tecnologia. Já escreveu para revistas de games pioneiras no Brasil, como EDGE, PlayStation Brasil e EGW. Também é veterana em eventos de jogos, como a BGS e E3 (inclusive, presencialmente). No Tecnoblog, foi editora-assistente entre 2018 e 2023.

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