Cientistas criam baterias transparentes comprimindo eletrodos

Rafael Silva
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• Atualizado há 6 dias

Normalmente vemos gadgets transparentes como conceitos distantes de se tornarem realidade. Alguns até foram demonstrados no passado, como na CES de 2010 em que a Samsung demonstrou o IceTouch, que acabou na lista de vaporware. Mesmo assim, uma importante parte dos componentes eletrônicos ainda não chegou a ponto de ser tão transparente quanto a tela: as baterias. Se depender dos cientistas de Stanford, no entanto, isso pode mudar em breve.

A tecnologia que permite telas transparentes já foi inventada e aperfeiçoada bastante, mas as baterias de onde elas tiram energia usam eletrodos que são feitos de materiais opacos e espessos, algo que está bem longe de ser remotamente translúcido. Yi Cui, líder de pesquisa do grupo, teve a ideia de comprimir eletrodos em uma rede fina de 35 micrômetros. Com essa espessura, o olho humano não enxerga os detalhes e ela parece ser transparente.

O resto da dela, como o componente condutor e o invólucro, já têm materiais transparentes, então foi só uma questão de juntar todas as peças e estava criada a primeira bateria de íon de lítio que você vê acima. Ela consegue deixar 60% da luz passar, segundo Cui, o que não é exatamente ideal mas é o bastante para a leitura, por exemplo.

Veja abaixo um vídeo (em inglês) em que dois dos pesquisadores responsáveis pela sua criação explicam mais detalhes da bateria.


(Vídeo no YouTube)

Cui já disse que enviou o pedido de patente para o escritório e garante que a tecnologia por trás da fabricação da bateria pode ser facilmente escalada. E ele já sabe com quem conversar depois que isso acontecer: “Eu quero falar com Steve Jobs sobre isso. Eu quero um iPhone transparente!”.

Com informações: Stanford News.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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