Google abraça criptografia de 128 bits como padrão em buscas

Pesquisas feitas no Google passam por encriptação SSL por padrão.

Thássius Veloso
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• Atualizado há 1 semana

A experiência de navegar na internet está cada vez mais personalizada. Seja na rede social de sua preferência, seja naquele buscador que você adora, as informações apresentadas ali provavelmente foram agrupadas especialmente para a sua conta (caso você a tenha). Para proteger os dados dos usuários de busca, agora é a vez do Google dar um passo grande rumo à encriptação quase total: tornar o recurso de segurança como padrão na sua página inicial.

Os milhões de usuários com uma conta Google que entram no google.com desde ontem são automaticamente redirecionados para o https://www.google.com/. A diferença pode até passar despercebida para a maioria, mas aquele “s” no início do endereço significa que a comunicação entre o PC e o servidor passa por criptografia. Portanto, há mais segurança e privacidade na hora de pesquisar o que quer que seja.

Criptografia no google.com

A chave adotada pelo Google segue os padrões da indústria de tecnologia: 128 bits. Deve ser suficiente — e está de bom tamanho para quem não tinha encriptação nenhuma até agora (a menos que acessasse uma página especial do Google para esse fim).

A adoção do SSL vale somente para usuários cadastros e logados no Google. Se você entrar na capa do buscador em uma lan-house, possivelmente não estará em uma conexão segura até fazer o seu login. A gigante da web afirma que o SSL é particularmente interessante para quando o internauta está em uma conexão de segurança questionável, como um wifi público.

Quem não gostará muito da novidade são os donos de websites. O Google avisa que o tradicional hábito de detectar os queries de busca não será mais feito (a conexão é segura via SSL, então não há como o servidor do site linkado pelo Google detectar essas informações). Para contornar maiores reclamações, a empresa disse que o Webmaster Tools permite visualizar os mil queries que mais levam acessos para o site.

Em tese isso valeria também para anunciantes que colocam suas propagandas no Google. Só que não é assim que a coisa funciona no mundo da publicidade, né. Até porque envolve grana. O navegador vai enviar o query relevante normalmente para o anunciante. O Google precisa garantir os caraminguás no fim do mês, e com as estatísticas dá para um profissional de publicidade acertar melhor os detalhes da campanha rodando no Google AdWords.

Pelo que eu pude reparar, a mudança em prol da segurança vale somente para o google.com. Eu até tentei colocar https:// na frente do endereço do site brasileiro, mas não funcionou.

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Thássius Veloso

Thássius Veloso

Editor

Thássius Veloso é jornalista especializado em tecnologia e editor do Tecnoblog. Desde 2008, participa das principais feiras de eletrônicos, TI e inovação. Também atua como comentarista da GloboNews, palestrante, mediador e apresentador de eventos. Tem passagem pela CBN e pelo TechTudo. Já apareceu no Jornal Nacional, da TV Globo, e publicou artigos na Galileu e no jornal O Globo. Ganhou o Prêmio Especialistas em duas ocasiões e foi indicado diversas vezes ao Prêmio Comunique-se.

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