Originalmente o Ubuntu tinha um tempo de suporte de apenas 18 meses para cada distro. Pode parecer muito, considerando que o sistema ganha uma nova versão a cada seis meses e em 18 meses já teríamos pelo menos três novas versões dele, com atualizações. A Canonical decidiu mudar isso ao anunciar que o Ubuntu 12.04 terá um tempo maior de suporte garantido: de três para cinco anos, com direito a atualizações de segurança e afins.

A ideia é que “apenas” 18 meses não é muito interessante para empresas. Planejar a migração de todo o parque de máquinas de uma companhia com 4.000 computadores a cada um ano e meio é um trabalho quase impossível. E isso sem contar os servidores, que sempre requerem um cuidado especial.

E há outro problema: fabricantes de hardware que quisessem colocar o Ubuntu em seus computadores teriam pouco tempo de suporte da própria Canonical. Qual a chance da Dell (por exemplo) se sentir à vontade para vender um notebook com o Ubuntu pré-instalado se existe a chance do sistema sair da loja sem qualquer suporte da Canonical?

Gráfico da Canonical explicando o tempo de suporte para as novas versões

A ideia por trás das versões LTS (Long Term Support ou Suporte por Tempo Estendido) do Ubuntu é justamente tornar a distro mais atraente para essas empresas e fabricantes. Tais distros especiais tem um tempo maior de suporte por parte da Canonical, que se compromete a entregar atualizações diversas por um período (e apenas atualizações de manutenção e segurança depois), e portanto podem ser usadas por mais tempo sem medo.

A boa notícia é que até então as versões Desktop do Ubuntu tinham tempo de suporte de três anos, e as versões Servidor tinham suporte de cinco anos. Agora está tudo igual: tanto as versões Desktop como de Servidor do Ubuntu 12.04 LTS terão tempo de suporte de cinco anos.

Interessante notar que isso não muda em nada o ciclo de dois anos para as versões LTS. Ou seja, a versão 14.04 do Ubuntu também terá um tempo de suporte maior, mesmo com o Ubuntu 12.04 sendo mantido até meados de 2017.

Isso, claro, se o mundo não acabar em dezembro de 2012.

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Paulo Graveheart

Paulo Graveheart

Ex-redator

Paulo Henrique "Graveheart" é formado em Ciências da Computação e fez parte da equipe do Tecnoblog entre 2010 e 2014, como redator. Participou da cobertura de lançamentos no mundo do desenvolvimento de software, PCs, mobile e games. Também tem experiência profissional como desenvolvedor full-stack e technical lead.

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