Google, Wikipédia e outros protestam contra SOPA amanhã

Rafael Silva
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• Atualizado há 19 mins

A conhecida proposta de lei americana SOPA tem potencial para criar uma espécie de censura prévia na web dos EUA e que pode acabar se tornando base para outras legislações em demais países. Por isso já faz algum tempo que ela vem sendo extensivamente debatida nos EUA, sempre associada a um sentimento de repúdio por quem sabe quais serão as consequências. Para tentar mostrar o tamanho do problema que essa lei cria, grandes sites escolheram essa quarta-feira para protestar.

No começo da semana Jimmy Wales, o fundador da Wikipedia, declarou que a versão em inglês da maior enciclopédia online do mundo vai ficar inacessível amanhã em protesto contra a SOPA. Antes disso o popular site de notícias Reddit e o famoso blog americano BoingBoing também haviam anunciado que no dia 18 eles vão parar todas as atividades e exibir um aviso sobre a SOPA na sua página inicial, para sensibilizar seus usuários sobre a lei e alertar que ela é perigosa.

Unindo-se a eles, o Google anunciou hoje que também vai protestar contra a lei. Mas como a empresa não pode se dar ao luxo de desligar seu principal serviço que gera bilhões de dólares todos os anos, o que eles planejam é um pouco diferente do que a Wikipédia e o Reddit. Segundo a CNET, uma mensagem com um link na página inicial do buscador vai alertar sobre a SOPA.

Segundo a comScore, a versão em inglês da Wikipedia tem 25 milhões de visitantes diários. Já a página inicial do Google, ninguém sabe por que a empresa nunca divulgou. Mas como ele é o buscador mais usado do mundo, você já imagina que não é pouco.

Apesar dos protestos planejados continuarem, a lei SOPA foi arquivada no final de semana e pode nunca passar, embora ainda exista uma chance disso acontecer. Sua irmã menor e igualmente terrível, a PIPA, no entanto, ainda está em discussão no congresso americano e por isso tem maiores chances de se tornar lei.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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