TIM pode ficar fora do 4G brasileiro

Operadora vai contra obrigações de qualidade e cobertura definidas pela Anatel.

Lucas Braga
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• Atualizado há 4 dias

Essa não é uma boa notícia para clientes da TIM: a operadora italiana se fez de coitada e criticou o governo sobre o leilão das frequências de quarta geração, que deve acontecer em maio desse ano. O CEO da operadora, Luca Luciani, deu a primeira deixa sobre o possível afastamento da TIM no leilão das frequências de 2,5 GHz. Seria melhor para todas as operadoras adiar o leilão, diz o executivo.

O motivo é que, na compra de uma licença, a Anatel impõe metas de qualidade. Dentre elas estão a garantia de cobertura 3G em determinadas regiões menos populosas. O mesmo aconteceu quando houve o leilão das frequências para o 3G, onde a operadora precisou expandir a cobertura da rede de voz. O presidente afirma que o investimento realizado com a tecnologia 3G no Brasil ainda não foi recuperado.

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Loja da TIM

Em contrapartida, a TIM anunciou um investimento para 2012 de R$ 3 bilhões. Grande parte desse valor será gasto com a ampliação da infraestrutura de rede, aumentando a capacidade da rede móvel da operadora. De acordo com Luciani, no ano passado a operadora investiu R$ 2,9 bi e dobrou a capacidade da rede de voz, bem como retomou os investimentos em cobertura 3G. O presidente ainda prevê que, em 2016, o número de usuários de banda larga móvel deverá superar os de banda larga fixa.

Como não podia deixar de ser, a TIM ainda chorou sobre a Anatel vincular a faixa de 450 MHz para 4G no leilão. A reclamação é de praticamente todas as operadoras, e incrivelmente faz sentido: a frequência nem é reconhecida pelo 3GPP, organização mundial das operadoras com tecnologia de terceira geração ou superior

Com informações: Convergência Digital

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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