Review Galaxy Nexus: também conhecido como Galaxy X

Testamos o Galaxy X "Nexus", com visor Super AMOLED de 4,65", câmera de 5 megapixels e sistema Ice Cream Sandwich sem modificações.

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 semanas

Em outubro do ano passado conhecemos o que o Google anda aprontando com o futuro do Android. A nova aposta se manteve na mesma parceria (muito bem sucedida, por sinal) com a Samsung e a união das duas gigantes resultou no Galaxy Nexus. O aparelho chegou recentemente ao Brasil com o nome de Galaxy X (por motivos legais).

A Samsung Brasil (tsc, tsc) ainda não o liberou para teste, mas eu consegui uma unidade do aparelho comprada nos EUA. Lá vão as minhas impressões sobre o smartphone sangue puro do Google.

Design, pegada e hardware

Para quem não conhece, o novo queridinho do Google tem belas especificações: tela Super AMOLED de 4,65 polegadas com resolução de 720p, processador dual-core Cortex A9 de 1,2 GHz, 16 GB de armazenamento e 1 GB de memória RAM. Além disso, o aparelho possui NFC, Wi-Fi dual-band (funciona em 2,4 GHz e 5 GHz) e Bluetooth 3.0.

O Nexus é um aparelho bem acabado. Embora a carcaça seja toda de plástico, é possível senti-lo mais resistente quando comparado com o Nexus S. Ao pegar o Nexus S parece que ele vai quebrar na minha mão; o mesmo não acontece com o Galaxy Nexus.

Traseira

A única parte frágil do aparelho é a tampa traseira da bateria: esta me parece bem frágil e precisa ser utilizada com parcimônia. É bem complicado retira-la e coloca-la novamente. Parece que o plástico vai quebrar.

A ausência de botões, sejam físicos ou capacitivos, é o grande atrativo do Galaxy Nexus. A tela fica enorme, mas ao mesmo tempo o aparelho não fica muito grande. A tela curva também ajuda bastante nisso. Costumo transportar celulares no famoso “bolso de moedas” de uma calça jeans. Pelo tamanho, tinha medo de que o Galaxy Nexus não caberia, mas me surpreendi: o aparelho ficou bem justo, porém coube.

Botões virtuais

A localização da saída para fone de ouvido me incomodou um pouco. Fica na parte inferior do celular. Quem quiser escutar à coletânea de grandes sucessos dos Beatles deve deixar o Nexus de cabeça para baixo dentro do bolso.

Câmera

Não teve melhorias quando comparamos a câmera do Nexus mais atual com a da geração anterior. São 5 megapixels na câmera traseira e 1,3 megapixel na câmera frontal. O aparelho capta imagens em Full HD e possui flash de LED para ajudar em fotos e vídeos noturnos.

Entretanto, a qualidade de imagem é bastante relativa. Há momentos que as fotos ficam excelentes e momentos que as fotos ficam ruins. Um dos motivos é que, quando utilizada sem flash, a câmera captura a imagem instantaneamente, e parece que não dá tempo do autofoco identificar o ambiente. Isso não acontece quando se utiliza a função touch to focus. Veja abaixo as fotos e o vídeo capturado pelo Galaxy Nexus:

O vídeo foi enviado para o YouTube a partir da ferramenta de upload do Ice Cream Sandwich. Ele não passou por qualquer edição.

Desempenho e bateria

Não pude testar o aparelho por muito tempo, mas a bateria do Galaxy Nexus não é a melhor parte do aparelho. Com a 3G e Wi-Fi ativos, notificações, brilho no médio e algumas mensagens, ligações e tweets, a bateria não dura mais do que 12 horas.

Android 4.0

O Galaxy Nexus foi o primeiro aparelho a vir com a quarta versão do Android de fábrica. Percebe-se um redesign intenso quando comparado com o Gingerbread: além da fonte Roboto, que deixa a leitura bem agradável, um novo launcher toma conta da interface.

Menu do Android 4 (clique para ampliar)

Os aplicativos continuam a ser exibidos em ordem alfabética, mas com uma ressalva: a rolagem passou a ser horizontal, como na interface TouchWiz. Infelizmente, não é possível organizar os ícones no menu — ou seja, com a instalação de um aplicativo novo, a ordem muda novamente. Entretanto, para organizar os ícones de maneira desejada, o Ice Cream Sandwich dispõe de 5 telas iniciais (as home screens) para atalhos e widgets.

Não apenas aplicativos, os widgets disponíveis também estão concentrados no menu de aplicações. No menu, eles não são funcionais: para que isso aconteça, é preciso segurar e arrastar o widget para a tela de início.

Vários desses widgets ganharam redesign exclusivo para o Ice Cream Sandwich, dentre eles, o da galeria de imagens, Android Market e YouTube.

Vários aplicativos do Google receberam nova interface e novas funções. O Gmail é bem diferente no Ice Cream Sandwich: está mais mais suave e a organização de mensagens foi aprimorada, deixando-a bem semelhante com a versão para desktop do serviço.

Os contatos também ganharam uma nova cara. Similar ao Windows Phone, o aplicativo passa a se chamar Pessoas. Ele ganhou maior aplicação com aplicativos de terceiros. Os contatos favoritos passam a ser exibidos em quadrados, com uma imagem destacando cada um. É possível compartilha-los com outro aparelho via NFC, bastando aproximar a traseira de um da traseira do outro.

É impossível deixar de notar a integração com o Google+. Logo ao fazer login pela primeira vez no aparelho o sistema lhe convida para participar da rede social do Google. O aplicativo do Google+ já vem instalado de fábrica e as fotos tiradas com a câmera vão imediatamente para o serviço através do Instant Upload.

A galeria de imagens também ganhou update. Agora, a visualização de imagens e vídeos se tornou bem mais rápida quando comparada com a versão anterior do sistema. Os álbuns do Google+ são automaticamente integrados ao sistema, de forma que é possível até mesmo separar as imagens por tags de pessoas.

A compatibilidade com aplicativos desenvolvidos para a versão antiga do sistema é quase que total. Até agora, pude notar que um aplicativo e um jogo deixaram de funcionar: Viber, de ligações via VoIP, e Capitão América. Ambos os desenvolvedores afirmaram que irão liberar uma atualização para o suporte da nova plataforma.

Face Unlock, é assim que se chama o recurso que permite desbloquear o aparelho através do reconhecimento de imagens da câmera frontal. Na apresentação do Galaxy Nexus, o destravamento não funcionou direito,  mas todas as vezes que testei o destravamento funcionou e identificou meu rosto facilmente. Caso o sistema não consiga reconhecer o rosto ainda dá para digitar uma senha para ter acesso ao aparelho.

E, pela primeira vez, um Android sem customizações pode tirar screenshots sem precisar de root no aparelho: basta segurar o botão Power e Volume- simultaneamente. A imagem é salva na galeria. Também aparece um aviso na barra de notificações, de onde o usuário compartilha a captura de tela sem muito esforço.

Pontos positivos

  • Tela Super AMOLED de 4,65 polegadas.
  • Garantia de atualização para as próximas versões do Android.
  • Ausência de personalizações ou bloqueios de operadoras.

Pontos negativos

  • É grande. Pode não ser não ser o aparelho para pessoas com mãos menores.
  • A bateria poderia durar mais.

Conclusão

Galaxy S e Galaxy Nexus

O Galaxy X chegou discretamente ao mercado brasileiro na semana passada por R$ 1.999. Até o momento, o aparelho está à venda na  TIM e no Ponto Frio. As demais operadoras deverão comercializa-lo em breve.

O preço ainda tem que cair bastante. Não deixa de ser um celular incrível, mas está longe de custar o ideal.

Agradeço o nobre leitor Lucas Giovanny que gentilmente cedeu seu aparelho para review.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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