Draupnir. O sonho de todos os protótipos. Quem não gostaria de uma braçadeira de ouro com a habilidade de se multiplicar sozinha a cada 9 noites? Odin adorava… Infelizmente quando se cria algo novo, mesmo que a ideia seja boa, não é bem assim que a banda toca. De protótipo a produto é uma longa viagem. E é exatamente esse o momento em que você opina e decide o futuro deste tipo de projeto.

Um time de engenheiros e pesquisadores do prestigioso Instituto de Ciências e Artes Midiáticas Avançadas (IAMAS) acredita que você não precisa de um visor para tirar fotos, desde que você tenha pelo menos alguns dos dedos das mãos.

Ubi-Cam: conceito de câmera manual elevado à potência N

Emprestando o gesto de famosos diretores de cinema, a Ubi-Camera utiliza o enquadramento produzido pelos pares de polegares e indicadores da sua mão quando formam o retângulo mais famoso da composição. Aí eu me pergunto: mai per che? O zoom e o foco são calculados a partir da distância que você mantem da traquitana com o seu rosto. Se a Ubi-Camera estiver mais próxima de você, maior a amplitude de captura da imagem. Se estiver mais distante, menor é o zoom.

Como o display de LCD é uma mera quimera, você terá de se contentar em apenas fotografar com seu super dedal “pega-pixels”, enquanto aguarda chegar próximo de um computador para ver se essa ou aquela imagem merece ou não ser removida. Isso se o protótipo virar um produto, porque segundo seus criadores a Ubi-Camera só funciona se tetherizada a um computador, por enquanto. Portanto, fios.

Aliás, se os polegares e indicadores estão comprometidos com a composição do retângulo, como é que se bate uma foto? Pisca-se? Não se precisa fechar um olho para enquadrar? Aaaargh! Mas, obviamente, não sejamos tão duros assim. Afinal de contas, é um protótipo e a turma não sabe ainda quando ele começará a popular prateleiras ou a tela de programas da Polishop.

(Vídeo do YouTube)

Quem sabe o conceito não possa ser aplicado à outros aparelhos, como por exemplo a parte do foco automático por infravermelho alcançado por distanciamento em smartphones e tablets? Uma idéia genial, por acaso. Mas a não-câmera literalmente ‘manual’ em si, tá meio difícil, não? De qualquer maneira, com o conceito-base já amplamente apresentado e consolidado pelo projeto, fico a indagar que tipo de melhoria poderia ser adicionada à Ubi-Camera para que ela saia do laboratório e possa ser consumida? Ou seria melhor simplesmente mantê-la no campo das ideias ao contrário…?

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San Picciarelli

San Picciarelli

Ex-redator

San Picciarelli é gerente de projetos e mestre em biotecnologia. Fez parte da equipe de redatores do Tecnoblog entre 2011 e 2012, produzindo artigos de assuntos relacionados à tecnologia, inovação e empreendedorismo. Trabalha com esse assunto desde 2006, mas também tem experiência em design e construção de sites.

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