Pode ter o mesmo fim do Megaupload.

A sobrevivência do Grooveshark está cada vez mais ameaçada. A EMI, uma das poucas gravadoras que ainda mantinha contrato com o serviço, acabou de romper o acordo. Com isso, o site de streaming de músicas perde o apoio da única das quatro grandes gravadoras do mundo; Sony, Universal e Warner estão processando o Grooveshark por quebra de direitos autorais.

A EMI, responsável por músicas de bandas como Coldplay e The Beatles, possuía um acordo comercial onde artistas e empresários receberiam os royalties dos direitos autorais das canções. Até o momento, o Grooveshark alega ter pago US$ 2,6 milhões à EMI, mas ainda reclama porque “as taxas cobradas por streaming são insustentáveis”. A gravadora, por sua vez, diz não ter recebido grande parte do dinheiro que lhe pertence. A única solução foi cancelar o contrato.

A legalidade do Grooveshark é bem questionável. Apesar de estar no ar desde 2007 e ganhar dinheiro oferecendo planos pagos para ouvir músicas sem interrupções, qualquer um pode enviar arquivos para os servidores e denúncias da Universal Music sugerem que os próprios funcionários do Grooveshark enviaram mais de 100 mil músicas piratas. O CEO Samuel Tarantino teria colaborado com 1,7 mil delas.

O Grooveshark já foi retirado do ar na Alemanha. Do jeito que as coisas estão, não é impossível a história se repetir em outros países ou até mundialmente. Se isso acontecer, a única maneira de ouvir músicas legalmente a um custo baixo será assinando um serviço como Spotify ou Rdio — o último está disponível no Brasil e é bom, pelo que testei.

Com informações: CNET.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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