Multilaser G Max 2: celular básico, mas com muita memória

Multilaser G Max 2 é um aparelho de entrada de 2021 com 128 GB de espaço, bateria de 4.000 mAh e Android 11

Darlan Helder
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• Atualizado há 11 meses
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Multilaser G Max 2 é a aposta da marca brasileira para quem precisa de um smartphone acessível com muita memória e bateria. O aparelho, lançado em setembro de 2021, é o primeiro da linha de entrada a trazer armazenamento de 128 GB. Nas especificações você ainda encontra tela de 6,5 polegadas, três câmeras com a principal de 13 megapixels e bateria de 4.000 mAh.  

Além do espaço interno, o sistema operacional é outra bela surpresa, afinal a empresa já entrega o celular com o Android 11. Mas como que o Multilaser G Max 2 se comporta no dia a dia? Será que a marca acertou com essa versão? Eu testei o G Max 2 e compartilho a minha experiência a partir de agora.  

Análise do Multilaser G Max 2 em vídeo 

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O Multilaser G Max 2 foi fornecido pela Multilaser por doação e não será devolvido à empresa. Para mais informações, acesse tecnoblog.net/etica

Design 

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

As primeiras impressões já entregam que o Multilaser G Max 2 é um dispositivo com design bruto. O que isso significa? O aparelho tem um acabamento simples, com laterais grossas e plástico simples em toda a estrutura. É bom deixar claro que isso não necessariamente é algo negativo e exclusivo deste telefone, afinal outros smartphones do segmento, a exemplo do Realme C11, Moto G30 e Galaxy A02s, também têm essas características, que visam baratear o produto.  

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Mas o que mais me chamou a atenção neste Multilaser foi o peso que afetou em cheio a ergonomia. Essa abundância pode incomodar durante a navegação e, como ele tem um painel grande, no meu caso, foi ainda mais difícil mexer com apenas uma mão. O leitor de impressões digitais na traseira tem uma boa resposta de desbloqueio, mas alcançá-lo é um tanto difícil nesse corpo tão grande; eles poderiam centralizar melhor.  

No mais, o G Max 2 traz entrada para fones de ouvido na parte superior e alto-falante mono embaixo. Ali também está a conexão para alimentação que infelizmente é microUSB, uma pena a Multilaser ter negligenciado o USB tipo C. Agora, o mais curioso é que você deve remover a tampa traseira para colocar o chip e o cartão de memória. Ali também está a bateria, mas ela fica lacrada. No fim das contas, era melhor ter adicionado a tradicional gaveta, não?  

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Tela e som 

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Como eu comentei, o aparelho tem um display grande e pode agradar quem justamente está buscando isso. Nós temos aqui a mesma configuração do Multilaser G Pro 2, que foi apresentado em março deste ano. O G Max 2 recebeu um painel IPS LCD de 6,5 polegadas que tem resolução HD+ (1600 x 720 pixels). Há um queixo mais ressaltado e um entalhe em forma de gota para a câmera; é um layout muito semelhante ao do Multilaser H e ao do Philco Hit Plus.  

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Falando de qualidade em si, o dispositivo não vai oferecer definição impecável nem excelentes contrastes; esses são os principais pontos negativos que você vai encontrar aqui. Mas é uma boa tela para quem gosta de assistir a vídeos no YouTube e streaming, isso graças às polegadas: os conteúdos ficam abrangentes e até criam uma boa imersão. O brilho poderia ser mais forte e a visualização em lugares abertos só é favorável quando a intensidade está elevada.  

O modelo tem alto-falante mono. Como era de se esperar, o volume não é alto, mas dá para contar com o componente para ouvir músicas ou assistir a filmes desde que o local esteja silencioso. Ao menos você tem ali disponível a entrada de 3,5 mm para conectar um fone de ouvido e ter uma experiência melhor.  

Software 

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Multilaser G Max 2 já vem de fábrica com o Android 11. A interface da Multilaser é muito simples com design quadrado que eu não curto muito; os ícones arredondados do Multilaser H me agradam mais. Também não há muitas opções de personalização no G Max 2, mas isso é só um detalhe. Usuários básicos devem curtir o sistema mesmo com essa limitação.  

Outra coisa que me chamou a atenção — agora positivamente — foi o cuidado da empresa para não lotar o celular com aplicativos inúteis. Ele sai da caixa com os principais apps do Google e há um da própria Multilaser que serve de vitrine para outros produtos da marca. No mais, você ainda encontra rádio FM, gravador de som e relógio. É bem limpo, mesmo!  

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Para concluir software, talvez a Multilaser tenha trabalhado com o essencial pensando naquele consumidor mais leigo e, na minha visão, esse público não encontrará muitos empecilhos. A empresa também ganha pontos pela interface limpa, mas ainda sinto falta da personalização para quem não gosta desse layout “quadradão”.  

Câmeras 

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Multilaser G Max 2 recebeu três câmeras e oferece um app com muitos recursos para quem deseja explorar a criatividade. Ele traz uma lente principal que produz imagens de 13 megapixels, uma macro e um sensor de profundidade de 2 megapixels cada. A frontal, por sua vez, tem 5 megapixels.  

Começando pela principal, eu gostei bastante do resultado e devo admitir que não esperava por essa qualidade considerando a categoria do celular. A definição não chega a ser impecável, mas o brilho é satisfatório, a coloração e a saturação não são vibrantes, mas oferecem um bom equilíbrio. Eu também posso elogiar o controle da exposição e o nível de detalhamento.  

Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em ambientes noturnos a qualidade também chega a ser interessante. É claro que você encontra algumas limitações como, por exemplo, as luzes artificiais viram fantasmas e a definição é muito prejudicada. Apesar disso, o registro não é totalmente comprometido e, dependendo do local, é possível ter boas imagens noturnas.  

Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O sensor de profundidade, que gera o modo retrato, aqui serve para testar a paciência do usuário, pois, em diversos momentos, ele apresentava dificuldades para focar. Já a lente macro, como eu já esperava, tem um resultado decepcionante e produz imagens com excesso de ruído, sem nitidez e escuras.  

Foto tirada com a câmera principal + sensor de profundidade do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera principal + sensor de profundidade do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A lente de selfie segue pelo mesmo caminho e não encanta muito. Por padrão, o app de câmera já deixa o modo de embelezamento ativo e o recurso não favorece em nada o clique. Sem ele, a foto fica melhor, mas a granulação, infelizmente, toma conta. É um desempenho apenas ok.  

Foto tirada com a câmera frontal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Foto tirada com a câmera frontal do Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Hardware e bateria 

A Multilaser não revela, mas o G Max 2 está equipado com o processador Unisoc SC9863A. Não é um chipset tão famoso, mas ele é encontrado em aparelhos como Realme C11, Philco Hit P12, Moto E6i e TCL L10+ que de certa forma são concorrentes do smartphone da Multilaser. Esta unidade testada oferece 4 GB de RAM e 128 GB de espaço interno.  

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Com isso, eu posso dizer que o Multilaser G Max 2 está pronto para lidar com o básico. Enquanto eu usava o aparelho, foi possível notar uma falta de fluidez durante a navegação, mas os principais aplicativos do cotidiano rodaram sem muito sufoco. Também há travamentos constantes quando o aparelho está baixando apps da Play Store em segundo plano.  

Para quem curte jogar, o G Max 2 não é o melhor smartphone para isso, mas deve atender quem joga títulos leves. Asphalt 9, que exige mais do telefone, roda por aqui com bastante engasgo, mesmo com os detalhes reduzidos.  

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Falemos de autonomia. O dispositivo está equipado com uma bateria de 4.000 mAh, que é uma boa capacidade, podendo atender a maioria das pessoas. Nos meus testes, eu consumi 2 horas de Netflix, 1 hora de YouTube e encerrei com 30 minutos de Asphalt 9. A porcentagem saiu dos 100% e ficou em 46%. Ele estava com o brilho da tela no máximo e conectado ao Wi-Fi. Resultado muito bom!  

Já o carregador enviado na caixa é de apenas 10 watts. Totalmente descarregado, o acessório precisou de 2h35 minutos para encher a bateria. Não é um tempo impressionante, mas acompanha a média do mercado para este tipo de categoria.  

Multilaser G Max 2: vale a pena? 

Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Multilaser G Max 2 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Multilaser tem outros smartphones de entrada que se saíram muito bem nos testes do Tecnoblog. O Multilaser G Max 2 pode entrar nessa lista positiva, pois é um celular popular muito honesto. Esta versão foi lançada por R$ 1.199, mas, em outubro de 2021, eu consegui encontrá-lo no varejo por menos de R$ 1 mil e a tendência é desvalorizar, como a gente bem sabe.  

Além do custo-benefício atraente, o dispositivo se sobressai pelo armazenamento de 128 GB, que não é comum para celulares dessa categoria, e aqui a empresa brasileira conseguiu um importante diferencial. Não há informações sobre futuras atualizações de software; a Multilaser nunca foi muito clara sobre isso e eu acredito que os proprietários do G Max 2 também não devem se importar tanto com os grandes updates, mas é bom saber que ele ao menos traz o Android 11.  

Apesar dos destaques mencionados, economizar na conexão, dando preferência ao microUSB é um grande erro da empresa. Também há alguns probleminhas de estrutura e design que poderiam ser melhorados, mas isso é só detalhe e já esperávamos tudo isso por aqui. Para quem está procurando o essencial para o dia a dia, o Multilaser G Max 2 pode ser um investimento interessante. 

Multilaser G Max 2 – ficha técnica

  • Tela: IPS de 6,5 polegadas com resolução HD+ (1600 x 720 pixels)
  • Processador: octa-core Unisoc SC9863A
  • RAM: 4 GB
  • Armazenamento: 128 GB, expansível com microSD de até 128 GB
  • Câmera traseira:
    • Principal: 13 megapixels
    • Macro: 2 megapixels
    • Profundidade: 2 megapixels
  • Câmera frontal: 5 megapixels
  • Bateria: 4.000 mAh
  • Sistema operacional: Android 11
  • Conectividade: Micro-USB, sensor de impressão digital

Multilaser G Max 2

Prós

  • 128 GB de espaço interno é muito interessante
  • Unisoc SC9863A é um bom processador de entrada

Contras

  • MicroUSB num celular de 2021?
  • Tampa na traseira com bateria lacrada? Curioso!
  • Software poderia ser personalizável
Nota Final 7.4
Bateria
8
Câmera
8
Conectividade
7
Desempenho
8
Design
7
Software
7
Tela
7

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Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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