Site de comércio eletrônico australiano cobra taxa de quem usa Internet Explorer 7

Rafael Silva
• Atualizado há 7 meses

Eis aqui uma ideia interessante para tornar a web um lugar ótimo para desenvolvedores de sites e usuários em geral: vamos taxar aquelas pessoas que usam o Internet Explorer 7. Dessa forma eles vão ter que pagar o preço, literalmente, de usar um navegador antigo e que precisa muitas vezes ter uma versão de um site criada especificamente para ele. Não soa como algo genial e que deveria ser implementado por todos?

Foi exatamente isso que o site de comércio eletrônico ustraliano Kogan.com decidiu implementar essa semana. A partir do dia 13 todos os australianos que comprarem no site usando o Internet Explorer 7 vão ver a cobrança extra de 6,8% sobre o valor da compra total. Esse percentual foi estabelecido somando-se 0,1% a cada mês que o Internet Explorer 7 foi lançado. O aviso antes da compra ainda oferece quatro opções de navegadores alternativos para o usuário: o Chrome, Firefox, Safari e Opera.

Aviso que é mostrado no site para quem usar o navegador

Caso o sarcasmo do primeiro parágrafo passe completamente despercebido por alguém, eis aqui minha opinião verdadeira: não acho uma ideia boa nem ruim. Sim, custa mais desenvolver uma versão do site especificamente para funcionar com o Internet Explorer, mas passar esse custo diretamente para os usuários é de uma cara de pau enorme. Ainda assim, atingir o usuário onde dói mais, o bolso, pode ser uma forma efetiva de fazê-lo migrar para um melhor.

O próprio CEO do Kogan.com, Ruslan Kogan, disse à BBC que não espera que ninguém pague essa absurda taxa. E ainda assim, o percentual de usuários que acessa o site com esse navegador específico é baixo (3%), então a medida serviu mais como uma propaganda gratuita. E eles ganharam pontos por mostrar no aviso que a taxa é cobrada pelo “Departamento de Justiça da Internet”.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.