Apple licenciou patentes do iPhone e iPad para Microsoft

Rafael Silva
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• Atualizado hoje às 22:07

A terceira semana do julgamento do processo da Apple contra a Samsung nos EUA começou com mais revelações. Nessa segunda-feira um dos responsáveis pelo licenciamento de patentes da Apple, Boris Teksler, foi chamado como testemunha no caso e revelou alguns acordos que a empresa da maçã fez com outras fabricantes de tablets e smartphones. Uma delas, especificamente citada pelo executivo, foi a Microsoft.

Patente da Apple (USD504889) licenciada para a Microsoft

De acordo com Teksler, a Apple tem um acordo de licenciamento com a Microsoft que inclui algumas (mas não todas) das patentes da empresa, todas relacionadas com elementos de interface do iOS ou com o design do iPad e iPhone. Mas esse acordo inclui uma cláusula que proíbem as empresas de copiar produtos uma da outra. E esse pode ser o motivo do Surface ter um design parecido com o do iPad, coberta pelo acordo de uso da patente. Mas por ter um sistema com uma interface diferente, a Microsoft se manteve fiel ao acordo.

O mesmo tipo de licença foi oferecido para a Samsung, segundo Teksler, mas a sul-coreana não quis fechar um acordo e em junho do ano passado a Apple abriu o processo.

Por sinal, o montante de danos que a Apple pede que a Samsung pague é entre 2,5 e 2,7 bilhões de dólares. Eles chegaram nesse número com a ajuda de Terry Musika, um contador que é especialista em disputas de propriedades intelectuais. Ele disse que um time de 20 indivíduos, entre programadores e estatísticos, demorou cerca de 7 mil horas para encontrar o valor, que foi baseado em cada um dos aparelhos vendidos pela Samsung e que infringem as patentes da Apple.

Com informações: AllThingsD, CNET.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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