Tablet barato vai custar só US$ 21 para estudantes indianos

Aparelho roda Ice Cream Sandwich e tem processador de 1 GHz.

Paulo Higa
• Atualizado há 8 meses

O que é um tablet barato para você? O Nexus 7, que custa US$ 199 na Play Store? Ou o Kindle Fire, que começa em US$ 159 na loja da Amazon? A Datawind, uma fabricante britânica de hardware, conseguiu desenvolver o Aakash 2, um tablet de baixíssimo custo que roda Android e será vendido por apenas US$ 21 para estudantes da Índia.

O preço de US$ 21 vale para estudantes de engenharia e foi conseguido com subsídios do governo indiano, que paga metade dos custos do Aakash 2. Para o consumidor final, o tablet poderá ser adquirido por US$ 64, o que ainda é um preço bem baixo se comparado com as atuais opções do mercado.

Aakash 2

Apesar do preço, o Aakash 2 não parece tão ruim. Na verdade, com Ice Cream Sandwich, tela capacitiva de 7 polegadas (800×480 pixels), processador Cortex-A8 de 1 GHz, 512 MB de RAM, 4 GB de memória interna (com slot para microSD) e câmera frontal, ele é melhor que alguns tablets chineses que são vendidos por mais de R$ 400 no Brasil. A bateria aguenta de três a quatro horas longe da tomada. Não chega nem perto do Nexus 7, mas é bem melhor que o primeiro Aakash, que possuía processador de 366 MHz (reza a lenda que ele conseguia rodar Android).

Dispositivos com preços acessíveis são muito importantes num país em que apenas 10% da população possui acesso à internet — no Brasil, esse índice é de 41%, segundo o CGI. O Aakash faz parte de um plano do governo da Índia para distribuir esses dispositivos a centenas de milhões de estudantes nos próximos cinco anos. Mais de 15 mil professores já foram treinados para usar o Aakash em suas aulas.

Com informações: Business Insider, Mashable, The Register.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.