Sabemos que o pedido de registro de uma patente nem sempre quer dizer que o produto ou método registrado será fabricado ou desenvolvido. O iPod com dupla tela, por exemplo, nunca saiu. O iPhone com videoconferência também está só na imaginação por enquanto. Mas quando se trata de uma tecnologia que pode salvar alguns milhares de dólares à companhia, a probabilidade dela se tornar real é elevada.

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Novo circuito interligado aos sensores (+)

É o caso desta patente que foi requerida pela Apple em 1º de fevereiro de 2008 e hoje recebeu algumas adições. O objeto central dela é um “método e sistema para detecção de abuso por consumidores”. As novas imagens evidenciam a presença de um dispositivo chamado “Abuse Detection Circuitry” (ou circuito de detecção de abuso, em tradução livre). Segundo a patente, esse chip gravaria numa memória específica toda vez que o aparelho em que ele estiver instalado sofrer uma queda ou um líquido for derramado ou se a temperatura for elevada demais. Cada um desses sensores enviará uma informação específica para o circuito.

Ele, porém, não vai servir apenas para resolver problemas com a garantia, mas também como dispositivo de segurança. Caso ele detecte que um dos componentes eletrônicos ligados encontra-se em mal funcionamento, o chip poderá desligar totalmente o dispositivo, minimizando o dano e podendo evitar potenciais explosões envolvendo a bateria. Ele funcionaria quase que exatamente como as caixas-pretas de aviões, que gravam dados sobre o estado da areonave em caso de pane.

A Apple já inclui um indicador de imersão em líquidos em seus iPhones, MacBooks e outros aparelhos que fabrica. Ele também está presente e é visível em alguns modelos de celulares da Nokia e Motorola: é aquele ponto branco que fica atrás da bateria. Ele fica vermelho caso entre em contato com a água ou qualquer outro tipo de humidade e é irreversível. E nesse caso, a garantia é invalidada. [AppleInsider / Obrigado ao Allen pela dica]

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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