Operadoras investem no desenvolvimento do 5G; rede da NTT DoCoMo chega a 10 Gbps

União Europeia investiu 50 milhões de euros na quinta geração de telefonia móvel

Lucas Braga
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• Atualizado há 17 mins

O 4G ainda nem chegou direito ao Brasil, mas as conversas sobre a próxima geração da telefonia celular já estão em andamento. Isso mesmo, operadoras e órgãos públicos estão fazendo investimentos para desenvolver a quinta geração da telefonia móvel. A operadora japonesa NTT DoCoMo, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Tóquio, conseguiu realizar transmissões com velocidade de 10 Gbps em campo aberto.

Foram utilizadas 8 antenas nas torres de transmissão e 16 antenas de recepção, que se encontravam em uma estação móvel que se movia com velocidade média de 9 km/h. A frequência utilizada nos testes é de 11 GHz, com 400 MHz de espectro. É uma frequência praticamente impossível de ser aplicada em serviços de telefonia móvel, tendo em vista que frequências altas possuem baixo alcance, dificultando a penetração do sinal em ambientes fechados, como prédios.

Unidade móvel de testes da NTT DoCoMo
Unidade móvel de testes da NTT DoCoMo

Ainda assim, trata-se de um grande avanço em relação às tecnologias atualmente disponíveis para o consumidor. Atualmente, a NTT DoCoMo oferece um serviço de internet móvel em LTE que teoricamente é capaz de atingir 100 Mbps de velocidade de transmissão.

Não é só a NTT DoCoMo que está interessada no 5G: a União Europeia recentemente investiu 50 milhões de euros para que a tecnologia fique pronta até o ano de 2020. Serão vários projetos de pesquisa que não se empenham em alcançar um grande aumento de velocidade, mas sim maior eficiência energética. O espectro do 5G também precisa suportar a demanda crescente pelo consumo de dados móveis.

Não acredito que em um futuro próximo precisaríamos de uma conexão móvel tão rápida como a apresentada pela operadora japonesa. As tecnologias atuais apresentam padrões que nos atendem, mas não são eficientes porque a demanda dos clientes é muito grande e o serviço fica ruim. A União Europeia está no caminho certo: antes de prometer coisas maravilhosas é necessário tornar as tecnologias eficientes para as necessidades das operadoras.

Com informações: Engadget, The Next Web.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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