Samsung está desenvolvendo uma tecnologia para controlar gadgets usando o cérebro

Este Galaxy Note 10.1 funciona com o poder da mente

Paulo Higa
• Atualizado há 6 dias
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Em parceria com a Universidade do Texas, a Samsung demonstrou um Galaxy Note 10.1 modificado para executar ações enviadas pelo usuário apenas usando o poder da mente. A tecnologia não é nova: ela usa eletroencefalografia para analisar a atividade do cérebro e descobrir o que a pessoa pensou. Como o recurso ainda é lento e tem algumas falhas, inicialmente poderá ser útil apenas para pessoas com mobilidade reduzida.

Para controlar o Galaxy Note 10.1 usando o cérebro, é necessário usar uma capa na cabeça, com eletrodos que registram as ondas cerebrais. A interface mostrará três ou quatro botões que piscam com frequências diferentes, o que também faz o cérebro gerar sinais diferentes. Após alguns segundos, o sistema “adivinha” em qual botão o usuário pensou e executa a ação.

A capa com eletrodos limita o uso – você não vai sair por aí com uma penca de fios pendurados na cabeça. Entretanto, o chefe de pesquisa da Samsung, Insoo Kim, acredita que a tecnologia melhorará com o tempo: ele cita as novas formas de interação lançadas nos últimos anos (como o controle por gestos, olhos e voz) e diz que “modalidades de entrada adicionais vão fornecer formas mais convenientes para interagir com dispositivos móveis”.

Nos testes realizados pela Samsung, os participantes conseguiram selecionar botões a cada cinco segundos, em média, e a precisão foi de 80% a 95%. Mas ainda há o que melhorar, especialmente com relação à lentidão e interface chamativa demais – coisas piscando rapidamente na sua cara não são legais.

Com informações: MIT Technology Review.

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Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.