Patente da Motorola sugere tatuagem eletrônica: um microfone e detector de mentiras no pescoço
Talvez este seja um daqueles registros de patente que fazem a gente já começar agradecendo que boa parte deles não vire realidade. A Motorola, que é parte do Google, entrou com um pedido de patente de uma tatuagem no pescoço que pode funcionar como microfone para seu smartphone. E não é só isso.
A tecnologia foi pensada tendo em mente locais barulhentos. Captando a voz diretamente da garganta, o ruído externo é filtrado e o som fica limpo. Outra utilidade é para dar comandos de voz ao smartphone sem precisar forçar a voz. Por não captar ruídos, o entendimento dos comandos pelo aparelho fica bem mais fácil.
Parece bem interessante, especialmente quando você esquece um pouco o fato de ser uma tatuagem – inclusive, o documento fala em “tatuagem eletrônica”, mas também cita que o sistema pode ser colocado em um colar. Mais tranquilo, né? Até porque a patente não fala sobre como remover o dispositivo – afinal, tatuagem. Mas não se fala da técnica empregada para colocá-la na pele.
Há outras utilidades em mente, estas não tão agradáveis. Uma é simplesmente bizarra: a presença de uma tela que pode ser programada para uso em grupo; como seria isso? A outra, um pouco assustadora, e podem iniciar as teorias da conspiração: um detector de mentiras – opcional, o registro deixa claro – baseado na reação do corpo do indivíduo. Para isso, ele utilizará uma cobertura galvânica, que consegue identificar as mudanças na pele.
Ainda bem que é só uma patente, pelo menos por enquanto. Mas, com a recente onda de ciborguização e biohackers, não seria surpreendente se a tal tatuagem virasse um produto nos próximos anos. Vale lembrar, também, que a Motorola não é a primeira a pensar em algo assim: a patente da Nokia da tatuagem que vibra quando o celular toca é de março do ano passado.
Com informações: Metro.co.uk
