Adeus, controle remoto: Samsung está criando TVs que reconhecem gestos e controlam dispositivos próximos
No que depender da Samsung, o controle remoto da sua televisão será coisa do passado. Em parceria com uma startup também coreana de nome VTouch, a companhia está desenvolvendo uma tecnologia que não só te permitirá comandar uma smart TV, como também controlar dispositivos ao redor com gestos.
Qualquer semelhança com o Kinect, da Microsoft, não é mera coincidência: uma combinação de câmeras com sensores e um software especial analisará os movimentos dos olhos e das mãos do usuário para entender qual comando ele está dando. A diferença é que estes componentes todos virão embutidos na TV.
Você poderá mudar de canal ou aumentar o volume da televisão como se fosse um “mágico”, portanto. O mais interessante é que, com o mesmo “poder”, você poderá controlar a iluminação ambiente ou ligar um sistema de som próximo, por exemplo, simplesmente apontando para ele.
O vídeo abaixo, feito pela VTouch com base no Kinect, dá uma noção de como a tecnologia funcionará:
A Samsung espera colocar no mercado as primeiras smart TVs equipadas com este sistema a partir de 2016. Mas talvez a tecnologia demore um pouco mais para funcionar da maneira esperada, uma vez que há uma série de desafios pela frente.
Um deles é determinar que gestos representam quais comandos e diferenciá-los com precisão dos movimentos naturais do usuário. Outro é desenvolver um padrão de comunicação que torne a tecnologia compatível com dispositivos ao redor.
Na última CES, a Samsung apresentou um sistema chamado Smart Home onde vários dispositivos na residência se comunicam a partir de um aplicativo unificado. Talvez as novas TVs utilizem uma versão aperfeiçoada desta tecnologia.
O certo é que a Samsung tem lá seus motivos para se antecipar a uma ideia como esta. No último trimestre, os televisores responderam por 17% da sua receita, mas apresentaram baixa margem de lucro por causa da concorrência acirrada. Vender mais sem diminuir os preços é a melhor maneira de amenizar este desequilíbrio e, para isso, só mesmo se destacando da concorrência.
Com informações: WSJ.com