Ubisoft atira no próprio pé e prova que seu DRM para jogos é ineficaz
A fabricante de jogos Ubisoft anunciou há algum tempo o desenvolvimento de um novo tipo de DRM (proteção contra cópia não-autorizada) nos novos games desenvolvidos pela empresa para o sistema operacional Windows. Ele requer que o jogador esteja conectado à internet constantemente, para que seja feita uma verificação com o servidor de autenticação através de login com usuário e senha. Você vê o erro nessa última sentença? A Ubisoft acredita que não há força nenhuma no mundo capaz de derrubar uma conexão à internet ou um servidor de autenticação. Ambos são invulneráveis e nunca deverão ficar indisponíveis. Nunca.
Seguindo essa lógica da empresa só é correto assumir que o servidor de autenticação do jogo Assassin’s Creed 2 saiu do ar no domingo por causa de extraterrestres. E sem esse o servidor, milhares de jogadores sofreram de lentidão extrema ao tentar fazer o login e alguns sequer conseguiram. Ainda não se sabe se o problema ficou restrito a usuários europeus do jogo.
O DRM é tão mal implementado que até para jogar sozinho, sem o componente de multiplayer online, é necessária a autenticação via servidor. E a proteção anti pirataria nem é tão forte assim, já que hackers conseguiram desativá-la em pouco mais de 24 horas depois do lançamento da versão do jogo para Windows na semana passada, algo que a própria Ubisoft anunciou ser ‘impossível’.
De acordo com os jogadores, o servidor ficou fora do ar por mais de 10 horas seguidas. Um representante da empresa escreveu no tópico sobre o assunto no fórum do jogo que “claramente os problemas de downtime e a lentidão no login são inaceitáveis” e que “vai fazer o que for possível para recolher mais informações sobre o problema”. Durante essas 10 horas, no entanto, os piratas que quebraram a proteção anti-cópia conseguiam jogar sem nenhum problema. Vê a ironia? [BoingBoing]