A Tag Heuer, tradicional fabricante de relógios de luxo, bastante conhecida por seus patrocínios na Fórmula 1, anunciou nesta quinta-feira (19) que fechou uma parceria com o Google para lançar um smartwatch com Android Wear. A empresa suíça será responsável pelo design do relógio inteligente e usará componentes da Intel para rodar o software.
Nenhuma das três empresas envolvidas no negócio divulgou algum teaser do smartwatch da Tag Heuer, mas a agência de notícias Reuters antecipou ontem (18) que o dispositivo é uma “réplica digital do Tag Heuer Carrera Black original, conhecido por seu design maciço e esportivo, e será parecido com o original“. Ou seja, espere algo semelhante a isto:
Ou talvez isto:
Ou isto aqui:
Quase perdi o fôlego aqui.
O anúncio também é uma resposta ao Apple Watch, que terá versões de ouro custando até US$ 17.000. O CEO da Tag Heuer, Jean-Claude Biver, diz à Reuters: “As pessoas vão ter a impressão de que estão usando um relógio normal”. E ele acredita que a febre dos smartwatches pode até ajudar a indústria de relógios tradicionais: “A Apple fará com que os jovens se acostumem a usar um relógio e mais tarde, talvez, eles vão querer comprar um relógio de verdade”.
Outras fabricantes de relógios ainda não parecem muito empolgadas com o novo mercado. A Hermes afirma que “ainda não sabe como o negócio de smartwatches vai evoluir”. Já a Patek Philippe foi mais dura: “Seria como se você dissesse para as pessoas não comprarem mais quadros, mas sim TVs projetando a imagem de um quadro”.
O smartwatch da Tag Heuer será um dos primeiros (ou talvez o primeiro) a vir com processador da Intel, segundo o The Verge — até agora, os relógios com Android Wear tinham hardware da Texas Instruments e Qualcomm. Se tudo der certo, o Tag Heuer com pixels em vez de ponteiros será lançado até o final do ano.