Como parte do processo iniciado pela Viacom contra o YouTube em 2007 por infração de direitos autorais, centenas de documentos que antes eram confidenciais foram disponibilizados para o acesso geral do público hoje. E as informações que eles contém são um bom exemplo de como roupa suja lavada em público é mais divertido de assistir, por assim dizer.

Um dos documentos constam as mensagens trocadas entre executivos de ambas as empresas e entre seus empregados. Numa delas, de acordo com a Viacom, um dos fundadores do YouTube pede que seu colega pare de fazer upload vídeos com direitos autorais protegidos, pois “será difícil convencer um juiz de que o YouTube não tolera vídeos protegidos quando um dos co-fundadores é quem os está enviando para o site”.

Em outro documento revelado estão evidências de que a gigante de mídia americana tentou comprar o YouTube pouco mais de um ano antes de iniciar o processo e até chegou a sugerir que ele fosse comprado em conjunto com o Google. A já a gigante de Mountain View acusa a Viacom de contratar 18 pessoas para usar computadores de lan houses com o objetivo criar contas com emails falsos e enviar os próprios vídeos para o site, alguns deles claramente modificados para simular a edição de outros clipes já publicados.

O caso será julgado ainda esse ano numa corte de Nova York, nos EUA. Os documentos da Viacom estão disponíveis nesse link e os do Google estão nesse link, ambos em inglês e juridiquês e completos com várias intrigas e especulações. [CNET]

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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