Chega de travamentos: a Mozilla anunciou nesta quarta-feira (20) que vai adotar novas restrições para a execução de plugins no Firefox, especialmente o Flash. A partir de agosto, conteúdos em Flash que não forem essenciais para o usuário serão bloqueados. Em 2017, o navegador passará a exigir que o usuário dê permissão explicitamente antes que um plugin possa rodar no Firefox.

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A motivação da Mozilla está, claro, em melhorar a estabilidade do Firefox. Um gráfico mostra tendência de queda bem significativa (mais de 50%!) na taxa de falhas de plugins em dois momentos. Primeiro, quando o YouTube passou a adotar HTML5 por padrão, em 2015. Depois, quando o Facebook também abandonou vídeos em Flash. Dá uma olhada:

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A Mozilla acredita que o bloqueio de conteúdos em Flash não essenciais vai reduzir os travamentos do plugin em até 10%. Parece uma medida simples, mas isso pode causar vários problemas de compatibilidade. Por isso, a Mozilla está varrendo os 10 mil sites mais acessados (de acordo com o Alexa) para descobrir exatamente quais conteúdos podem ser bloqueados ou não.

Os planos da Mozilla avançarão em 2017, quando os usuários terão que aprovar a execução de plugins de terceiros, como Flash e Silverlight. Essa medida vale para qualquer conteúdo na página, então é recomendável que os sites que ainda utilizam essas tecnologias migrem para ferramentas equivalentes em HTML5 para evitar problemas.

Por fim, seguindo os passos do Chrome, o suporte a plugins NPAPI no Firefox, como Java e Silverlight, será totalmente removido — o que deve causar alguns problemas com plugins de bancos no Brasil (e sistemas internos da década passada). A mudança estava prevista para este ano, mas foi adiada para março de 2017. Preparem-se.

Leia | O que é um plugin?

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Escrito por

Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.