A Anatel divulgou nesta segunda-feira (17) os dados mais recentes sobre o mercado de telefonia móvel, referentes ao mês de agosto de 2016. O número de linhas ativas continua despencando, com perda de 492 mil acessos em relação a julho. Mas o número de linhas pós-pagas aumentou — e já representa mais de 30% do montante de celulares no Brasil.
Em agosto de 2016, 252,1 milhões de linhas de celulares estavam em serviço no Brasil, uma densidade de 1,22 linha por habitante. Do total, 69,9% (176,2 milhões) eram pré-pagas e 30,1% (75,9 milhões) eram pós-pagas. É a maior penetração de pós-pagos desde que a Anatel começou a divulgar esses números, em janeiro de 2005, quando somente 19,6% das 66,6 milhões de linhas eram pós-pagas.
Entre as operadoras, a líder continua sendo a Vivo, com 29,14% do mercado de telefonia móvel, seguida pela Claro (25,26%), TIM (25,20%), Oi (18,67%) e Nextel (0,98%). A tecnologia dominante ainda é o 3G (134 milhões de terminais) e o GSM (55 milhões), mas eles vêm caindo ao longo dos últimos meses, enquanto o LTE cresceu em ritmo acelerado para 46 milhões — e é provável que ele esteja ultrapassando o 2G (aleluia!) neste exato momento.
O crescimento do pós-pago já era esperado: as operadoras estão lançando planos com franquias de minutos para outras operadoras, reduzindo a importância do efeito clube (quando as pessoas têm vários chips para falar mais barato) e os pacotes de dados maiores ainda estão restritos aos pós-pagos (o que inclui os planos controle). Talvez a única exceção seja a TIM, que lançou recentemente franquias de até 5 GB para clientes pré-pagos.
Sem contar que, desde o ano passado, os principais planos pré-pagos das operadoras bloqueiam a conexão (em vez de apenas reduzir a velocidade) quando o limite da franquia é atingido, o que obrigou muita gente a pagar mais para continuar utilizando aplicativos de mensagens e redes sociais.
Você migrou de pré para pós recentemente?