Gigante da tecnologia com cerca de 400 mil empregados e conhecida por montar produtos para companhias como Apple e HP, no últimos tempos a Foxconn vem tendo algum destaque pela imprensa internacional pelos motivos errados: apenas nos últimos seis meses sete de seus trabalhadores cometeram suicídio em sua fábrica na cidade de Shenzen, na China.
Ainda em abril, logo depois do sexto caso de suicídio, o jornal local Southen Weekly, considerado um dos mais influentes da região, enviou um repórter para investigar o caso, trabalhando de maneira infiltrada na empresa durante 28 dias. O resultado é que ele se deparou com condições de trabalho “estarrecedoras”, com a companhia controlando rigidamente os horários em que seu pessoal come, dorme ou trabalha – muitas vezes, 12 horas por dia praticamente sem períodos de descanso – em troca de um salário equivalente a US$ 130 (R$ 240).
“O resultado é que muitos se veem sem saída e entendem que a única chance de colocar fim neste ciclo é tirando suas próprias vidas”, afirma o repórter Liu Zhi Yi, responsável pela matéria publicada nesta quarta-feira.
Para piorar a situação, além do texto nesta quarta-feira surgiu um vídeo pela internet que mostra o que seria um funcionário da Foxanto sendo empurrado e intimidado por pelo menos quatro guardas da empresa e levado para o que seria um terreno baldio. Apesar de carecer de contexto, as imagens surgem num momento delicado para a empresa.
[Gizmodo, Shanglist e Business Insider]