Apreensão de domínios instiga criação de novo sistema de DNS

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

O sistema de DNS hoje é controlado por um órgão apenas, o ICANN, que tem poder supremo sobre ele. Embora a instituição receba contribuições esporádicas de outros países, sua sede está localizado nos EUA e por isso os americanos exercem uma influência maior do que deveriam sobre ela. Por esse e outros motivos um grupo de entusiastas de P2P resolveu criar uma alternativa ao sistema de DNS controlado pelo órgão, chamada dot-p2p.


A criação do projeto pode ser considerada uma resposta à apreensão de diversos domínios de sites de torrent por parte da polícia americana. O novo esquema usaria a tecnologia P2P baseada no protocolo bittorrent que seria decentralizado, o que automaticamente impede qualquer governo de tirá-lo do ar. O dot-p2p também vai precisar de um novo de domínio de topo para funcionar e não coincidentemente, ele é o mesmo que dá nome ao projeto: .p2p.

Inicialmente, para acessar sites com esse TLD os usuários precisariam de um programa no computador que funcionaria como um DNS local e redirecionaria o navegador para o IP do site. Mas um servidor centralizado para esse tipo de conversão já está nos planos da equipe por trás do projeto.

A ideia é bastante controversa mas grandes nomes da comunidade P2P, como o ex-porta-voz do Pirate Bay Peter Sunde, já declararam publicamente seu apoio ao projeto. Nenhum servidor de internet, no entanto, manifestou ser contra ou a favor do dot-p2p. Isso acontece provavelmente por que eles temem uma possível represália do ICANN ou de outras companhias ligadas à internet como registars de domínios e outros servidores.

Com informações: TorrentFreak, Dot-p2p.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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