Dinheiro com transístor pode ser nova arma contra falsificação

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana
Malha de transístores em nota de 5 dólares | Clique para ampliar

Bancos de todo o planeta tentam o máximo que podem evitar a falsificação dos seus respectivos papéis-moeda. Eles colocam hologramas, imagens em marca d’água, figuras em baixo relevo e até frases microscópicas nos desenhos das notas para dificultar ao máximo o trabalho de possíveis falsificadores. Cientistas alemães e japoneses podem ter encontrado, por acidente, mais uma arma que pode ajudar a coibir esse crime: a impressão de transístores em notas de dinheiro.


Hagen Klauk, diretor grupo de pesquisa em eletrônica orgânica do Instituto Max Planck na Alemanha, trabalhou com um grupo de cientistas japoneses no projeto e eles conseguiram criar uma malha de transístores orgânicos com 250 nanômetros de espessura, operam com apenas 3 volts e que podem ser fabricados sem muita dificuldade.

A ideia original de Klauk não era de colocar os micro transístores nas notas de dinheiro, mas a ideia foi bem aceita entre o grupo por se tratar de um desafio. Eles tiveram dificuldade em colocar os micro-circuitos em superfícies desiguais, pois membranas de silício não aderem muito bem à papel. Mas depois de anos aperfeiçoando a técnica, eles conseguiram colocar os transístores nas notas de dólar, euro, yen e franco suíço.

O pesquisador também diz que um sistema eletrônico completo na nota é apenas um conceito por enquanto, mas poderemos ver no futuro dinheiro que transmite informações para um scanner, por exemplo. “Fica a cargo de outros cientistas e engenheiros mecânicos criarem os circuitos das notas e os sistemas para lerem as informações contidas nelas”, completa.

Com informações: Discovery News.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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