Usuários do Gmail não estão a salvo. O Google disparou um alerta nessa quinta-feira sobre hackers chineses tentarem obter acesso a contas do Gmail. Em vez de mirar nos internautas comuns, os cibercriminosos tentaram comprometer o Gmail de militares americanos, além de “pessoas proeminentes”, de acordo com informações do WSJ.com.
O ataque foi acionado a partir da cidade de Jinan, a 400 quilômetros da capital Pequim. Sua finalidade seria não só obter acesso às contas de Gmail de militares, oficiais do governo americano, jornalistas, ativistas chineses e oficiais asiáticos, mas também encaminhar as mensagens sabe-se lá para onde.
De acordo com o Google, o ataque foi contido com sucesso. Nenhuma informação sobre as contas do Gmail, muito menos os e-mails, foram encaminhados. O gigante das buscas recorreu ao FBI, em Washington, para investigar os ataques. E o Google afirma que líderes do governo americano foram avisados individualmente de que suas contas de e-mail sofreram ataque hacker (mas continuam intactas).
Embora o Google não afirme que o ataque foi coordenado pelo governo chinês, a empresa não se furtou de dizer que os alvos seriam interessantes apenas para a ditadura chinesa (em especial os ativistas).
A China nega que tenha qualquer envolvimento com essa situação. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que é “inaceitável” imputar esse tipo de responsabilidade sobre o governo chinês, nos informa a Folha.com.
Nessa semana entrou em discussão nos Estados Unidos um documento, previsto para ser publicado no mês que vem, que versa sobre atitudes estrangeiras na internet que poderiam ser consideradas atos de guerra, inclusive com possibilidade de retaliação militar americana.