Novo leitor de impressões digitais detecta dedos cortados e zumbis

Rafael Silva
• Atualizado há 8 meses

Você provavelmente já viu a cena descrita a seguir em inúmeros filmes de ficção científica: o mocinho precisa entrar em uma sala que está travada por um sistema de impressões digitais, que só deixa passar a pessoa certa. Para entrar, ele usa um conveniente dedo, previamente cortado da mão da pessoa com acesso à sala. Isso se tornou uma preocupação séria de empresas de segurança, tão séria que eles resolveram remediá-la. E parece que conseguiram.

O crédito da invenção é da empresa alemã Dermalog Identification Systems. Eles desenvolveram um método para leitores de impressões digitais conseguirem diferenciar entre o tecido vivo e tecido morto, impedindo que na segunda opção a trava seja aberta. O método criado por eles consiste em detectar mudanças que acontecem na absorção de luz quando a pele é pressionada contra um leitor e o sangue sai dos vasos capilares.

Eles perceberam que quando um tecido vivo foi pressionado no leitor o espectro da absorção de luz variou entre 550 a até 1450 nanômetros, enquanto que tecido morto de três cadáveres diferentes ficaram extremamente longe dessa variação.

Dessa forma eles não só criaram um sistema que protege contra potenciais criminosos que deceparam dedos como também impede que cópias de silicone ou moldes de dedos sejam usados para tentar burlar esse sistema. E bônus: também protege contra zumbis, no caso de um surto de retrovírus.

Pode parecer um exagero, mas já existiram casos de veículos roubados em 2005 em que um ladrão usou um dedo decepado para conseguir acesso. Mas pessoalmente só ficarei mais tranquilo quando alguém criar uma tecnologia semelhante para leitores de retina.

Com informações: NewScientist.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.