Como já dizia a antiga propaganda: o tempo passa, o tempo voa… E no caso do Ubuntu passou voando mesmo, já que nem parece que da primeira versão até a 11.10 já se passaram sete anos. Então relembre com a gente o nascimento dessa distro que nasceu feia mas conquistou em pouco tempo a preferência da maioria dos usuários Linux.

Ubuntu, com os anos em festa

O Ubuntu nasceu de uma ideia de Mark Shuttleworth, que colaborou com o Debian durante a década de 90 mas queria muito fazer algo diferente com o Linux. E depois de conseguir o dinheiro necessário com a venda da sua empresa de certificados digitais, Mark começou a traçar os planos para que o viria a se tornar a Canonical, empresa responsável pelo  Ubuntu.

Tanto a Canonical quanto o Ubuntu vieram nascer apenas em 2004. O Ubuntu surgiu a partir de um fork do projeto Debian, e tinha um objetivo ousado: ser um “Linux para seres humanos”. Algo simples, acessível, amigável, que qualquer pessoa sem conhecimentos avançados de informática pudesse usar. E, em 2004, o Linux ainda engatinhava no quesito usabilidade.

Em muitos pontos, o Ubuntu criou padrões para o mundo Linux. Havia uma empresa por trás, havia cronogramas, e havia  a certeza de que o produto seria atualizado. Hoje, sabe-se que teremos uma nova versão do Ubuntu a cada seis meses, com uma versão  LTS (Long Term Support, o suporte de longo prazo) a cada dois anos. Para a adoção em empresas, essa padronização e garantia de suporte é crucial na hora de escolher pela migração.

A primeira versão do Ubuntu, a 4.10 (já utilizando o esquema “ano.mês” de lançamento), foi chamada de “Warty Warthog” (Facócero Enverrugado) e era bem feia, na falta de definição melhor. Papel de parede marrom, tema marrom, ícones em baixíssima resolução, sem uma tela de boot decente. Para todos os efeitos, era como se tivessem pêgo uma versão do GNOME e a deixado ainda pior.

Sejamos sinceros: era bem feio

A sorte é que, independentemente do aspecto visual, o Ubuntu tinha o que era necessário para conquistar a simpatia da comunidade e dos usuários. Por exemplo, durante muito tempo era possível pedir CDs de instalação no site do projeto, e eles chegavam de graça na sua casa, sem custos de envio nem nada. Era uma farra pedir os CDs e distribuir entre os amigos da faculdade e do trabalho. Isso e outras coisas fizeram o Ubuntu crescer.

Hoje o Ubuntu é a distribuição Linux mais popular no mundo, com milhares de usuários, desenvolvedores e voluntários ajudando no projeto. E, além disso, a Canonical faz a sua parte, estando sempre presente em eventos relacionados ao Software Livre. E, apesar de várias decisões controversas (como o Unity) durante esses sete anos de vida, o Ubuntu só tem a crescer.

Como curiosidade, o Ubuntu 4.10 ainda está disponível para download. Mas recomendamos que você só tente instalar uma versão com sete anos de vida em uma máquina virtual. Ou em um computador bem velho.

Com informações: OMG! Ubuntu

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Paulo Graveheart

Paulo Graveheart

Ex-redator

Paulo Henrique "Graveheart" é formado em Ciências da Computação e fez parte da equipe do Tecnoblog entre 2010 e 2014, como redator. Participou da cobertura de lançamentos no mundo do desenvolvimento de software, PCs, mobile e games. Também tem experiência profissional como desenvolvedor full-stack e technical lead.

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