Google adquire firma especializada em detectar o conteúdo dos outros
RightsFlow possui banco de dados sobre músicas e artistas com 30 milhões de entradas cadastradas.
RightsFlow possui banco de dados sobre músicas e artistas com 30 milhões de entradas cadastradas.
De nada adianta oferecer uma plataforma poderosíssima para envio de conteúdo audiovisual, apostando no UGC (user generated content, ou conteúdo produzido pelo usuário), se esse mesmo usuário utiliza sons e músicas que não foram autorizadas para reprodução na internet. Para contornar o problema de reproduzir músicas sem a devida autorização dos detentores de direitos autorais, o Google adquiriu na semana passada uma firma especializada nisso.
A RightsFlow, baseada em Nova Iorque, nos Estados Unidos, gerencia banco de dados sobre canções e seus respectivos detentores de direitos autorais. Com 30 milhões de músicas devidamente registradas, fica mais fácil para o YouTube detectar a quem se deve pagar pela reprodução de uma música e também já efetuar o pagamento.
Da acordo com o Google, a intenção é integrar o sistema da RightsFlow à tecnologia do YouTube para detecção de conteúdos de terceiros. Chamada de ContentID, ela levou anos para ser desenvolvida e consumiu milhões de dólares. Toda vez que um vídeo passa por upload e chega aos servidores do YouTube, um algoritmo faz varredura por diversos atributos, criando uma identificação única para aquele conteúdo (tanto para áudio como vídeo). Ao mesmo tempo em que processa o vídeo, a mesma tecnologia compara certos padrões com o deu outros conteúdos, em busca de duplicações. Quando uma delas aparece, o usuário fica sabendo e cabe ao YouTube decidir o que fazer com aquilo.
Pelo que eu conheço de direitos autorais, o YouTube possui atualmente a tecnologia mais poderosa para detecção de conteúdo (desconsiderando o que o governo americano deve estar desenvolvendo a respeito disso, claro). Com uma ferramenta também poderosa de banco de dados, a expectativa é de que o Google dialogue com mais facilidade com os detentores de direitos autorais.
Os artistas envolvidos numa canção que vira soundtrack de um vídeo de usuário têm a opção de tirar o conteúdo do ar ou ganhar participação na receita advida da publicidade exibida naquela página.
Com informações: Guardian
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