Elden Ring: é tudo muito bom e você mal pode esperar por fevereiro

Elden Ring é tudo isso? Se depender da prévia limitada que joguei, é possível que este seja - já - um dos grandes jogos de 2022, um ano que ainda nem começou

Felipe Vinha
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• Atualizado há 9 meses
Elden Ring chega em 2022 (Imagem: Divulgação/Bandai Namco)

Elden Ring é tudo o que os fãs esperam que seja e isso é bom. Certamente é bom também o fato de que o jogo se comporta de maneira muito positiva na nova e atual geração de consoles. Mas também é bom que ele seja um dos games mais aguardados de 2022, para já começar o ano bem. Estas foram, resumidamente, minhas impressões iniciais do teste fechado que participei, a convite da Bandai Namco, para te dar uma ideia melhor do que vem por aí.

Você não sabe do que eu tô falando? Tudo bem, vamos lá. Elden Ring é a mais nova produção do estúdio From Software, que já lançou sucessos como Demon’s Souls, Dark Souls e Bloodborne. O game é uma co-produção entre a From Software e o escritor George R. R. Martin, aquele mesmo que provavelmente nunca vai terminar Game of Thrones.

O jogo sai só em 25 de fevereiro do ano que vem, para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series S, Xbox Series X e PC. A produtora quer repetir o sucesso que teve com seus outros títulos, tanto que o estilo continua basicamente o mesmo, mas ainda temos espaço para algo assim, entre os games de hoje? A dificuldade ainda é apelo? O “gênero Soulslike” consegue se renovar?

Eles ainda manjam do riscado

O estúdio From Software e o designer Hidetaka Miyazaki sabem o que estão fazendo. Eles entendem o apelo dos seus jogos e não têm vergonha em se manter tradicionais, ainda que com algumas modernidades. Elden Ring é familiar em tudo para quem chega de outros jogos da “série”. Talvez a primeira e quase única estranheza seja no início do teste fechado, que te pede para escolher um personagem pré-pronto, baseado em algumas classes, variando apenas no gênero.

As classes de Elden Ring (Imagem: Divulgação/Bandai Namco)

Não sei se isso será mantido no jogo final ou se teremos uma criação de personagem mais aprimorada. Mas os arquétipos apresentados casam bastante com a atmosfera “dark/gótica” de Elden Ring, como quase tudo que a From Software igualmente fez.

Por falar em atmosfera, vale lembrar ou avisar que Elden Ring pega emprestado elementos da mitologia nórdica – afinal, está super na moda ultimamente – para dar sua ambientação. Seja na lenda da grande árvore da vida ou nas criaturas que vão te perseguir pelo mapa, tudo aqui tem um pé lá na área de Odin e deve agradar quem quer ver mais material usando estes temas. Ao mesmo tempo também é uma decisão acertada na hora de promover um novo jogo no estilo “Souls” e manter em uma área relativamente inédita.

O mais importante, porém, é que o estúdio e o game designer sabem o que estão fazendo, como citei. Eles manjam mesmo do que agrada sua base de fãs e não deixam a desejar em nada. Quando você acha que a fórmula vai cansar, eles surpreendem e conseguem deixar o jogo com um ar de novo, por mais que seja “o mesmo” desde o Demon’s Souls original em vários aspectos.

Neste casa servimos ao sofrimento

E sofrimento parece ser a palavra-chave de Elden Ring. Ao mesmo tempo em que o jogo continua difícil ele também segue muito recompensador. Logo de cara, no gigantesco mapa, nos deparamos com um cavaleiro montado em seu cavalo imenso – é tudo imenso nesse game, impressionante. Vencê-lo é possível, mas cansativo, muito cansativo. Dá para morrer várias vezes até pegar o esquema de ataque o padrão certinho. Mas quando você vence… A história muda de figura. A satisfação é imensa. É incrível como eles conseguem equilibrar tão bem o desafio com a recompensa, de maneira natural e sem forçar tanto a barra quanto fazem parecer.

Este e muitos outros bichos vão te fazer sofrer em Elden Ring (Imagem: Divulgação/Bandai Namco)

Mas há espaço para novidades. Elden Ring é um jogo muito mais amplo. Tão amplo que ele pode ser comparado a games que vieram antes deste, ainda que depois de outros “Souls”. Não se trata de um jogo de mundo aberto, ao menos não totalmente, mas a liberdade que ele te dá é maravilhosa. Seu personagem vai se perder com frequência e você não vai ligar muito. Estamos diante de um game nada linear, ao contrário de outros “Souls”. Liberdade é uma palavra perfeita para definir, por mais que não seja plena.

Isso também se traduz na movimentação. Agora o jogador tem a companhia de um cavalo, não apenas para se movimentar mais rapidamente pelo imenso cenário, mas também para combates, saltar lugares muito altos ou até fugir de alguma ameaça de maneira um pouco mais garantida.

O jogo também tem algum conteúdo adicional explorável. É possível jogar de maneira cooperativa com até quatro participantes, personalizar interface e equipamentos, modificar alguns elementos visuais e tirar o melhor proveito possível de Elden Ring que você desejar. Elden Ring também tem um “quê” de “Metroidvania”. Comprando ou resgatando itens pelo cenário e em vendedores você pode expandir as possibilidades, voltar e explorar locais que antes eram mais difíceis de serem explorados, entre outras possibilidades.

Prometeu e cumpriu

O teste fechado e limitado fez justiça ao nome. Apesar de ter dado uma enorme liberdade em vários aspectos, teve dias limitados para jogar e não durou muito, ainda que tenha jogado por volta de seis horas até chegar ao seu “fim”. Existem jogos completos com este tempo, eu sei, mas no caso de um representando da “série Souls”, chega a ser bem pouco frente a tudo que temos para explorar – ainda mais com todo o novo conceito de liberdade.

Ainda assim, a prévia de Elden Ring prometeu bastante e cumpriu até certo ponto. Joguei no PS5 e gostei do que vi, mas é necessário esperar o jogo final para ter certeza – ainda que esta certeza seja quase que totalmente positiva. A From Software parece ter acertado de novo e agora mal posso esperar por fevereiro do ano que vem, quando, enfim, teremos acesso à versão final da mais nova obra insana e fantasiosa de Hidetaka Miyazaki.

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Felipe Vinha

Felipe Vinha

Ex-autor

Felipe Vinha é jornalista com formação técnica em Informática. Já cobriu grandes eventos relacionados a jogos, como a E3, BlizzCon e finais mundiais de League of Legends. Em 2021, ganhou o Prêmio Microinfluenciadores Digitais na categoria entretenimento. Foi autor no Tecnoblog entre 2020 e 2022, escrevendo principalmente sobre games e entretenimento. Passou pelos principais veículos do ramo, e também é apresentador especializado em cultura pop.

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