12 melhores novidades do macOS 10.12 Sierra

Novidades incluem Siri, mais integração com o iOS, gerenciador de armazenamento e novos apps

Jean Prado
• Atualizado há 1 ano e 8 meses
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Num evento para desenvolvedores em junho, a Apple padronizou os nomes de seus sistemas operacionais. Em vez de OS X 10.12, o novo sistema operacional da Apple agora se chama macOS 10.12 Sierra, ou apenas macOS Sierra. O nome fica bem mais agradável ao lado de iOS, watchOS e tvOS, né?

Mas as novidades não se limitam à mudança de nome. Mais que nunca, o macOS está com muita cara de iOS e teve uma baita integração com a plataforma móvel. Sem contar que há muitos recursos legais que aproveitam melhor o seu Mac. Eis as 12 melhores novidades do Sierra:

1. Siri no Mac

Depois de várias versões do OS X esperando pela assistente virtual no Mac, ela finalmente está aqui — e mais inteligente do que nunca. A Apple adaptou a Siri para o Mac e agora a assistente fica tanto no Dock quanto na barra superior, também podendo ser ativada pelo comando “Hey Siri”. Ela funciona em todos os Macs com microfone, mas você também pode comprar um microfone externo para usá-la em um Mac mini, por exemplo.

Os comandos da Siri são bem variados. O interessante é que a assistente virtual parece funcionar muito bem no Mac, uma vez que é capaz de procurar por arquivos também. Você pode dizer: “mostre os arquivos que eu olhei nessa semana” ou perguntar quando de espaço livre você ainda tem. Eis aqui a lista do que você pode perguntar para ela:

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Ela também pode ler e-mails e até procurar por tweets ou notícias. Os resultados podem tanto ser fixados no centro de notificações quanto arrastados para alguma área que possa enviá-los. Por exemplo: você procura por imagens do parque Yosemite e pode arrastá-las direto da Siri para enviar no Telegram ou por e-mail. Ou você pode ver as últimas notícias sobre a Apple, mas não ter tempo para clicar em tudo na hora e fixar o resultado no centro de notificações.

Um ponto negativo é que, até agora, não há uma API da Siri para o Mac. O SiriKit só funciona no iOS, então desenvolvedores ainda não podem brincar com a assistente virtual do Mac.

2. Armazenamento mais eficiente

Como já explicamos neste post, o macOS Sierra traz um novo sistema de arquivos, chamado APFS (Apple File System), que substitui o HFS+. Ele vai funcionar em todos os dispositivos da Apple, mas por enquanto está em fase experimental. Basicamente, ele é mais rápido, mais seguro, mais eficiente e bem, bem mais preciso que o sistema de arquivos antigo.

Para começar, ele sabe o que fazer com o espaço inutilizado de partições, por aumentar e diminuir o espaço de duas “partições” diferentes sem ficar particionando ou redimensionando os volumes. Isso acontece porque o HFS+ precisa alocar previamente um espaço em disco, enquanto o APFS sabe fazer a transição do espaço livre sem comprometer seu tempo.

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Sem contar que foram criados vários algoritmos para não encher o armazenamento com informações duplicadas. Por exemplo: ele suporta clones de arquivos (e até de pastas inteiras) sem necessariamente criar informações repetidas. Além disso, por meio das sparse files (arquivos escassos, em tradução livre), dá para criar arquivos enormes, cheios de zeros, que não ocupam espaço de verdade.

Com bem mais precisão, o APFS cria snapshots das cópias dos arquivos para assegurar que você não perca nenhuma informação importante. Diferentemente do HFS+, que registra as informações de arquivos em segundos (20/07/2016 12:34:56), o AFPS diferencia as versões em nanossegundos (1 bilhão de vezes menor que um segundo). No horário de exemplo, daria para registrar informações em 27/07/2016 12:34:56:123:456:789. Todos esses novos recursos devem estar disponíveis a partir de 2017.

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Gerenciador de armazenamento

Junto com um novo sistema de armazenamento (que ainda é opcional), a Apple adicionou nas configurações um assistente para te ajudar a gerenciar o espaço ocupado no seu HD. Sabe os milhares de instaladores, downloads duplicados, caches e logs que você nem lembra mais que existem? Vão tudo pro lixo (que também tem seus arquivos excluídos, mas só os que estão lá há mais de 30 dias). Ele também faz uma limpa no aplicativo de e-mail e nas séries do iTunes que você já assistiu.

Além disso, dá para recorrer ao iCloud para armazenar aqueles documentos que você pouco usa, mas é melhor ter à disposição. Ele detecta o que você não usou nos últimos tempos e sobe-os para o iCloud, como anexos de e-mail e arquivos pouco acessados. O legal é que você nem percebe que eles não estão no seu Mac, uma vez que o arquivo continua no lugar que estava e é baixado por demanda. O que nos leva ao terceiro ponto.

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3. iCloud mais útil

“Precisamos dar algum uso para o iCloud.” A Apple deve ter pensado isso antes de lançar o Sierra (ainda bem). Se você tem mais um dispositivo da Apple, agora vai ter seu desktop (também chamado de “mesa”) e a pasta de Documentos sincronizados automaticamente entre os Macs. Bônus: esses dispositivos também incluem o iPhone e iPad. Isso também é um ponto para a Continuidade. O que nos leva ao quarto ponto.

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4. Continuidade mais funcional

Se você tem um iPhone ou Apple Watch, prepare-se para ter mais integração ainda com o macOS Sierra. Com duas novidades — Desbloqueio Automático e Área de Transferência Universal — os dispositivos da Apple trabalham juntos para complementar seus recursos. O primeiro serve apenas para donos de Apple Watch: pelo relógio e com um Mac perto, dá para desbloquear o computador sem digitar senha (mas só se o Watch estiver desbloqueado também).

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O outro, para todos os dispositivos iOS, sincroniza a área de transferência pelo iCloud. Isso significa que se você achar uma imagem legal no iPhone pode copiar e colar para uma apresentação no Mac. Para funcionar, todos os dispositivos precisam estar na mesma conta do iCloud e estar com o Bluetooth e Wi-Fi ativados. Como no Handoff (sincronização de documentos), toda a transferência é local.

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5. Apple Pay na web

Por mais que o Apple Pay faça muito mais sentido no seu celular — ele é o novo cartão de crédito — a Apple percebeu que ele pode funcionar bem no navegador. Sites parceiros da Apple agora podem suportar o método de pagamento da empresa, integrando as informações de pagamento, envio e contato em todos os dispositivos. As transações são confirmadas por Touch ID ou por senha. Bacana!

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6. Fotos

Agora os computadores da Apple têm uma espécie de Google Fotos, só que com processamento local. Como uma grande atualização no aplicativo Fotos, o macOS usa visão computacional e aprendizagem de máquina para reconhecer pessoas, lugares e coisas usando algoritmos poderosos. Dessa forma, ele cria coleções como Memórias, Lugares e Pessoas, para você buscar o que precisa na hora certa.

Em Memórias, por exemplo, o Fotos cria automaticamente uma coleção de “momentos favoritos”, como uma viagem especial. Em pessoas, você pode ver em quais fotos da sua galeria sua mãe aparece. Algumas informações podem ser usadas em uma busca inteligente, que reconhece fotos tiradas em uma praia, em alguma localização específica (como fotos no parque Yosemite) ou até mesmo as imagens que têm um bolo de aniversário.

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7. iMessage

Assim como no iOS, você agora pode brincar bastante no iMessage com os novos recursos inúteis para “deixar a conversa mais animada”. Desde suporte a visualização de links até emojis enormes e respostas com corações, o Mensagens quer ser o novo app de mensagens do público teen. Não dá para escrever mensagens à mão como no iOS, mas nada te impede de vê-las. Pelo menos não dá nem para ver aquelas animações de “chamar a atenção” no Mac.

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8. Apple Music

Seguindo o visual do iOS (com muito negrito e vários blocos com cantos arredondados), o Apple Music/iTunes foi redesenhado. Ele está menos confuso, com destaque a descobertas e sua biblioteca. Segundo a Apple, os recursos de Para Você e Explorar foram aprimorados para tentar copiar o Spotify e mostrar exatamente o que você quer ouvir. Ao contrário do concorrente, o Apple Music mostra a letra da música que você está ouvindo — recurso que o Spotify não tem mais.

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9. Notas

No El Capitan, o Notas ficou bem mais poderoso, com suporte a lista de tarefas, formatação de links, fotos, mapas, além de uma formatação mais completa. No macOS Sierra, a Apple deixa claro o desejo de você usar mais ainda o aplicativo. Agora, ele suporta edição por duas (ou mais) pessoas simultaneamente, como o Google Drive. É só clicar no ícone de contatos na barra superior e indicar o Apple ID de quem você quer que edite o documento.

Ainda que seja uma novidade interessante, está longe de substituir o Google Drive. O Notas ainda não tem recurso de comentários, nem edição em tempo real: a nota é atualizada quando o servidor recebe uma nova informação, mas não chega a ser ao mesmo tempo como no Drive. Além disso, não dá para controlar as permissões da nota: ou a pessoa pode editar, ou ela nem acessa. Sem meio termo.

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10. PIP

Sim! Finalmente: o modo picture-in-picture (PIP) chegará ao macOS (mais precisamente ao Safari). Funciona assim: quando você estiver navegando na web, é só clicar no ícone de PIP que o vídeo ficará sobre tudo o que você está fazendo, em todos os aplicativos. Dá para assistir a um vídeo quando você estiver escrevendo um e-mail ou preparando uma apresentação, por exemplo.

A janela pode ser redimensionada e tem controles de pausar o vídeo ou encerrar o PIP. Mas quem suporta? Qualquer player em HTML5, como o do YouTube ou Vimeo, já tem suporte nativo ao PIP. E esse recurso tem uma API, portanto, qualquer outro player pode adicionar o suporte à ferramenta.

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11. Abas em todo lugar

Para evitar que você abra milhares de janelas, a Apple passou a permitir que basicamente todo aplicativo tenha suporte a abas — como no Safari. Ou seja: se você quer editar vários documentos ao mesmo tempo no Keynote ou Pages e até mesmo ver vários lugares diferentes no Mapas, agora dá. O legal é que desenvolvedores agora têm acesso a uma API para implementar esse recurso em seus próprios aplicativos.

12. Privacidade “diferencial”

Das gigantes de tecnologia, a Apple sempre foi a mais preocupada com a privacidade do usuário: todo o processamento do algoritmo do Fotos acontece de forma local e não vai para os servidores da empresa. No entanto, a coleta de dados é um dos pilares da inteligência artificial que faz o sistema melhorar com o tempo. Com um novo modelo de privacidade chamado de Differential privacy, a Apple quer fazer parte do grupinho de empresas que coleta os dados de usuários, mas de um jeito não tão estranho.

Outras empresas de tecnologia coletam os dados por anonimização, ou seja, suas informações pessoais são removidas dos dados coletados — então ninguém pode saber quem você é, teoricamente. Alguns especialistas argumentam que essa modalidade não é muito efetiva, então a Apple fez diferente. O nome vem do livro do professor Aaron Roth, da Universidade de Pensilvânia, especialista em privacidade.

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No método de Roth, além de deixar as informações do usuário completamente privadas, a privacidade diferenciada cria um certo ruído (ou aleatoriedade) ao que o usuário faz. Ou seja, olhar cada interação em específico não diz nada, mas em um âmbito maior vai ser interessante para a empresa observar os padrões de uso para cada recurso. Mas essa tecnologia ainda não foi testada com uma ampla base de usuários.

A empresa disse ao Re/code que limitará o recurso a quatro casos diferentes: descoberta de palavras que os usuários adicionem aos dicionários locais; emojis que o usuário digita para a empresa saber quando substituí-los; links profundos dentro dos aplicativos para indexação pública; e dicas dentro do aplicativo de Notas.

Esse recurso não funciona por padrão, mas você pode deixar a Apple usar seus dados ativando a opção nas configurações. Também dá para sair quando quiser — então se você não se sentir confortável com a Apple “vendo” o que você faz nos casos acima, é só desativar.

Com informações: Ars Technica.

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Escrito por

Jean Prado

Jean Prado

Ex-autor

Jean Prado é jornalista de tecnologia e conta com certificados nas áreas de Ciência de Dados, Python e Ciências Políticas. É especialista em análise e visualização de dados, e foi autor do Tecnoblog entre 2015 e 2018. Atualmente integra a equipe do Greenpeace Brasil.