Como a realidade virtual e a aumentada estão sendo usadas no mundo

VR e AR são mais que games: podem transformar o varejo, saúde, hotelaria e outros setores

Paulo Higa
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• Atualizado há 11 meses

As realidades virtual (VR) e aumentada (AR) costumam ser apresentadas ao usuário final em formato de games e redes sociais, como Pokémon Go e as máscaras do Instagram. Mas há uma série de negócios que também podem se beneficiar das tecnologias imersivas, incluindo os setores de saúde, varejo, hotelaria e manufatura. Vamos conhecer algumas dessas aplicações?

Dentro dos hospitais

A medicina é uma das áreas que mais está sofrendo transformações com a realidade virtual. Os médicos residentes, por exemplo, já podem treinar cirurgias de forma imersiva para que tenham maior segurança ao realizarem os procedimentos em cenários reais. Eles também podem acompanhar ao vivo uma cirurgia sendo feita, sem precisar disputar espaço na sala, nem ter que ficar olhando por cima dos ombros do médico responsável.

Nos tratamentos, a imersão faz diferença. Crianças internadas podem ter a recuperação prejudicada por sentimentos causados pelo ambiente hospitalar, que não é dos mais agradáveis nem para adultos; no entanto, com projetos como o VisitU, elas podem conversar com os pais e se sentir em casa.

E, se você acha que realidade virtual é coisa do futuro, pense novamente: a Universidade do Sul da Califórnia mantém desde 1997 um programa que usa realidade virtual para tratar indivíduos com estresse pós-traumático.

Nos hotéis também

Assim como na medicina, as realidades virtual e aumentada podem ajudar no treinamento dos funcionários do setor hoteleiro. Já do lado do hóspede, a tecnologia aprimora a experiência de estadia e entretenimento. Quando você chega em um hotel pela primeira vez, não fica meio perdido para encontrar o quarto, o café da manhã, a academia e outras áreas comuns?

Com as tecnologias imersivas, é possível apresentar o local ao hóspede de forma mais prática. Uma pesquisa da Oracle mostra ainda que as operadoras de hotéis acreditam que as tecnologias de AR e VR estarão generalizadas até 2025 para casos de uso como entretenimento para hóspedes na propriedade e escolha de salas de reuniões.

Fabricação em outra realidade

AR e VR são velhos conhecidos no design de produtos e no processo de prototipagem. As indústrias também estão utilizando as tecnologias para treinamento e até testes de segurança, que seriam muito perigosos se fossem realizados em um cenário real.

Na linha de montagem, os óculos de realidade aumentada devem auxiliar os funcionários com instruções sempre atualizadas de instalação de peças, inclusive em vídeo, bem como fornecer acesso rápido aos manuais de produtos. Tudo isso com as mãos livres para trabalhar, por meio de infraestrutura na nuvem, aumentando a produtividade e reduzindo os custos.

No varejo e nos pagamentos

No mês passado, eu comprei uma mesa nova para o escritório. Como o aplicativo da loja de móveis tinha suporte a realidade aumentada, a escolha foi mais fácil e certeira, já que eu pude simplesmente apontar a câmera do celular e ver como a mesa combinava com o ambiente, em tamanho real.

E quando se fala de realidade virtual, as pessoas já estão fazendo compras dentro do ambiente virtual, especialmente quando os produtos em questão são filmes e games. Mas produtos físicos também devem embarcar nessa onda, e serviços como o Payscout estão utilizando o Oracle Financials Cloud para conectar bancos e cartões de crédito a plataformas de pagamento em realidade virtual.

Só o dinheiro que não é realidade virtual, é realidade real mesmo.

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Tanto a realidade virtual quanto a realidade aumentada estão disponíveis há anos, mas é agora que elas estão emplacando de verdade: em 2018, os gastos nesses setores devem atingir US$ 17,8 bilhões, um aumento de quase 95% em relação ao ano passado. Esses e outros temas transformadores serão discutidos no Oracle OpenWorld Brasil 2018, evento que vai reunir líderes da indústria, especialistas, desenvolvedores, parceiros e clientes para discutir tendências em tecnologia e negócios.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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