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Review Motorola RAZR MAXX: Um smartphone com bateria de respeito

Testamos o RAZR MAXX, a versão do Motorola RAZR com bateria turbinada

12 anos atrás

Primeiro a Motorola fez a proeza de fazer um smartphone tão fino quanto um mero iPod touch, mas o RAZR XT910 comprometia muita coisa em prol da espessura sem trazer muitas vantagens...
Já o RAZR MAXX traz exatamente o mesmo hardware, só que recheado com uma bateria de 3300mAh - quase o dobro dos 1780mAh do RAZR "fininho" e cerca de 50% mais que o Galaxy S III.
Aqui no Brasil, o aparelho chega também com o Ice Cream Sandwich direto da fábrica.

Hardware 

Nada diferente do RAZR: Procesador dual-core de 1.2GHz, 1GB de RAM, 16GB de armazenamento, câmera de 8MP que filma em 1080p e a tela de 4.3" com 960x540 pixels.

A tela, aliás, continua sendo uma fraqueza do RAZR. No modelo original era compreensível porque o objetivo era ter um celular o mais fino possível, mas não é bem o caso do MAXX.
É ainda pior quando se compara ele com o Galaxy S III ou o Galaxy Nexus, que possuem praticamente o mesmo tamanho físico, mas com telas consideravelmente maiores.
Assim como RAZR eles também usam um painel AMOLED com esquema PenTile mas a densidade da tela deles (316 DPI no Nexus e 306 DPI no S III, contra 256 no RAZR) ajuda a esconder isso.

O acabamento do RAZR MAXX - que tem direito até a Kevlar revestindo a traseira - é muito bom, e graças a espessura maior que a bateria exigiu, eu o acho melhor de segurar que o irmão mais fino.
E apesar de ter ficado mais gordinho, o smartphone pesa apenas 145 gramas - apenas 5 gramas a mais que um certo sanduíche de vidro e aço inox.

O MAXX tem entradas miniHDMI (com o cabo incluso na caixa) e microUSB, além de slots pra microSD (esse não incluso) e MicroSIM.
Ele atinge 2785 pontos no Quadrant Benchamark e 1015 no GeekBench, aproximadamente o mesmo que o Galaxy Nexus - que possui a mesma GPU e um processador bastante parecido.

Software

O RAZR MAXX já vem com o Ice Cream Sandwich e surpreendentemente tem poucas modificações.
A mudança mais significativa é a troca dos aplicativos de mídia (Galeria, Músicas e Arquivos). Pra quem está acostumado com as versões padrão do Android, as versões da Motorola são um pouco mais confusas, mas nada que não se acostume em pouco tempo.
Um dos motivos é que elas são integradas com redes sociais e com o MotoCast - um serviço da Motorola para acesso remoto à sua mídia.
É só instalar um cliente no seu computador (há versões pra Mac e Windows) e o celular terá acesso à tudo que você escolher compartilhar, de qualquer lugar com 3G ou WiFi.

Letras do TuneWiki

Só que dependendo de manter o computador ligado, o único uso que eu vejo é para assistir filmes que você tenha no computador com o RAZR ligado na TV por HDMI. Para as músicas, um serviço que as armazenasse na nuvem como o Google Music faz seria mais ideal...

Um recurso do player da Motorola que elogio desde o Flipout e continua presente no RAZR é que ele usa o TuneWiki para mostrar as letras da música que está tocando.

Além disso, o aparelho já vem com alguns apps pré-instalados (demos de NFS: Hot Porsuit e Spiderman, cliente Netflix, QuickOffice) e o SmartActions, um aplicativo para automatizar ações do celular (semelhante ao Locale e Tasker). Com ele é possível configurar o smartphone para desligar o GPS quando você chegar em casa ou ligar o silencioso automaticamente ao chegar no escritório.
Ele até mesmo sugere algumas ações automaticamente, como entrar em modo silencioso quando for à noite e o celular estiver carregando - é bem provável que você esteja dormindo nesse caso, não?

Modo Webtop no RAZR MAXX

O modo Webtop está presente no RAZR MAXX, mas é diferente do presente no Motorola Atrix.
Ao invés de uma máquina virtual com Ubuntu, o novo Webtop aproveita que o Android 4.0 unificou as interfaces de tablet e celular e usa a mais apropriada para cada tela.
Isso não só torna o uso mais rápido como também torna a mudança do celular pro Webtop mais útil - se você está com o GMail aberto no celular, ele continuará aberto, mas na mesma interface usada nos tablets.

Câmera

 

Parque do Povo, SP

Um abajur sabor maçã

A câmera, de 8MP, não é nada de excepcional em relação aos outros modelos de smartphone. Não decepciona, mas também não impressiona. Com boa iluminação, as fotos são boas e o foco é rápido. Com baixa iluminação, é o salve-se-quem-puder que estamos acostumados na maioria das câmeras de celular.

Ele filma em 1080p, numa qualidade boa para um celular. Dá para notar alguns ruídos mas nada que decepcione. Minha maior reclamação é o espaço ocupado quando se filma na resolução máxima: Um clipe de meros 15 segundos ocupou 29MB...

Bateria


O maior diferencial do RAZR MAXX não podia deixar de impressionar.
Usei o RAZR normalmente por alguns dias como eu uso normalmente meu Galaxy S e consegui entre 12h 29min e 18h 57min de bateria. Isso com WiFi sempre ligado, tela em brilho automático, rede configurada para usar apenas 3G e uso constante (cerca de 3h de navegação/redes sociais no 3G, 1h jogando GTA III, 3h de música armazenada no aparelho mais uma hora com streaming por WiFi de músicas edificantes no SoundCloud, algumas ligações e fotos ocasionais)
Com uso mais casual, o RAZR ficou cerca de 1 dia e 14 horas numa só carga, ainda com WiFi ligado e recebendo algumas notificações. Para um smartphone, é uma ótima marca.

Vale a pena?

Para usuários mais casuais, eu acho que o RAZR MAXX é o aparelho ideal, desde que elas não tenham problemas com o tamanho. São os donos de featurephones ou outros smartphones menos famintos (Symbian, Blackberry...) os que mais reclamam das baterias dos smartphones.

Volta e meia alguém vem me perguntar se o smartphone "novinho, comprei mês passado" está com algum defeito porque a bateria dura nada... São os usuários casuais também os que vão se importar pouco com a resolução da tela ou se o aparelho deles é dual-core quando já temos quad-cores por aí...

Já para os usuários mais ávidos de smartphones, a escolha é mais difícil: Pegar um aparelho com hardware já não tão atual, mas com bateria que aguenta ser usado o dia todo ou um aparelho com hardware mais novo mas que continua te deixando preso em uma tomada?
Em termos de processamento, acho que o RAZR não fica muito atrás de modelos superiores, como o Galaxy S III, simplesmente pela falta de software que use todo o potencial de um telefone quad-core.
Pra mim, onde o RAZR fica devendo é na tela - seja na resolução baixa para os padrões de hoje ou pelo tamanho do aparelho poder comportar uma maior. Se você não for chato com telas como eu sou, não há nenhum grande problema no RAZR MAXX.
O preço dele, R$1500 desbloqueado na Vivo, é menor que o de aparelhos parecidos, como o Galaxy S II e até mesmo o RAZR "fininho". Sem dúvida nenhuma, é uma ótima compra.

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